Inércia do sono: Perceba o 'perigo' das sestas e saiba dormir

Quando não faz uma sesta corretamente, notam-se efeitos a nível do cérebro que lhe impedem de racionalizar como após uma boa noite de sono.

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Mariana Botelho
02/11/2018 16:00 ‧ 02/11/2018 por Mariana Botelho

Lifestyle

Sono

Há vantagens numa sesta a meio da tarde, e não são só os espanhóis que o defendem. Vários estudos apontam os benefícios desta prática, havendo até quem lhe acrescente um café antes do breve sono, para que quando se acorde se esteja com a energia necessária para retomar o dia de trabalho.

Mas apesar do lado bom que muitos apontam, da sesta pode advir o risco de inércia do sono, um aspeto que se reflete negativamente nas capacidades cerebrais do indivíduo que dormiu, caso o fim da sesta coincida com o interromper de uma fase de sono.

Ora, o sono divide-se em dois momentos: o REM e o não REM, o primeiro, cuja sigla significa Movimento Rápido do Olho (Rapid Eye Movement) é aquele durante o qual se sonha. Já o não REM, divide-se por quatro estágios que vão desde o sono mais leve ao mais profundo. As sestas não devem nunca durar mais de 25 minutos para garantir que não permite o organismo de entrar nos sonos mais profundos, dos quais não se deve ser acordado – é precisamente quando tal acontece que as pessoas acordam rabugentas.

Num estudo referido pela PsyPost, um grupo de cientistas analisou a realidade cerebral de um grupo de 34 voluntários que foram convidados a fazer uma sesta de 45 minutos, após a qual teriam de completar certos testes que avaliassem a sua capacidade cognitiva..

O cérebro de cada membro da amostra foi analisado 5 e 25 minutos após acordarem, e foi desta análise que se comparou os diferentes níveis de ondas cerebrais associadas ao sono profundo e que tinham muito maior presença 5 minutos após se acordar, o que leva a crer que quando uma fase de sono é interrompida o cérebro demora mais algum tempo do que o próprio corpo a ‘acordar’. Do mesmo modo, a conectividade funcional entre redes cerebrais era bem menor no momento logo a seguir ao acordar.

Dito isto, e comprovado o caso da inércia de sono, fica o alerta para quem durma sestas a meio da tarde para que estes períodos de sono não ultrapassem os 25 minutos, para que se evite entrar no sono profundo. Caso não lhe seja mesmo suficiente este tempo, assuma que dorme 90 minutos ininterruptos, pois desta forma garante que completa um ciclo de sono.

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