Por mais calor que esteja, há que não consiga dormir sem cobertor, ou sem meias. Como explicamos aqui, tal depende da temperatura corporal de cada um e da capacidade que se tem de suportar melhor ou pior a inevitável baixa de temperatura corporal a que o corpo é sujeito durante o sono.
No fundo, o que se quer é dormir de forma confortável e por isso cada indivíduo tem as suas preferências a nível de pijama, cobertores, almofadas e é claro, meias.
Mas porque é que a questão se mantém entre cientistas?
Como explica o neurofisiologista Francisco Puertas, para que o corpo se prepare para dormir deve perder um pouco calor (entre 0,5 e 0,8ºC). Tal acontece quando os vasos sanguíneos se dilatam, principalmente nas mãos e pés, aumentando a circulação nestas extremidades que resultam no aumento de temperatura no restante corpo.
Ora, segundo esta lógica, se os pés e mãos já estiverem quentes – mais quentes que o restante corpo – o processo de adormecer vai acontecer mais rápido, alegam alguns especialistas que apontam ainda que este ‘conforto térmico’ melhora a qualidade do sono que acontece por mais tempo e com menos interrupções.
De realçar que este é um aspeto válido, mas não a todos os casos, se lhe parece indiferente, experimente a técnica, mas se não consegue nem pensar em deitar-se de meias, então não há por que se massacrar.
Como explica Puertas, o mais importante é que não sinta frio a dormir. Esta é a conclusão da ciência para uma questão que é, ainda hoje, merecedora de várias dúvidas e discussões.
