Cinco mitos sobre o sexo oral e as doenças sexualmente transmissíveis

Muitos creem que o sexo oral é uma prática sexual segura, pela ausência de hipótese de gravidez e um suposto menor risco de contrair doenças. Mas não é bem assim, alertam profissionais de saúde pública...

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Liliana Lopes Monteiro
03/07/2018 22:30 ‧ 03/07/2018 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle

O que deve saber

A BBC Mundo conversou com dois especialistas em sexualidade que esclareceram cinco mitos populares sobre o sexo oral.

Os médicos alertaram sobretudo para o perigo de contração de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e de outras patologias, incluindo cancro da boca, através desta prática.

 Mitos ou factos

1. Não se contraem doenças de transmissão sexual oralmente

"A afirmação é falsa, já que se pode contrair DSTs via sexo oral", afirmou Mariano Roselló Gayá, médico do Instituto de Medicina Sexual de Madrid, em Espanha.

Gayá cita como exemplos o vírus do papiloma humano (HPV), o herpes genital e a gonorreia.

2. É melhor não lavar os dentes antes de praticar sexo oral

Trata-se de uma afirmação sem qualquer fundamento.

"É importante manter uma boa saúde bucal, tanto visando o sexo oral como para a saúde em geral", afirmou Gayá.

O que é, sim, recomendável é evitar praticar sexo oral quando ocorre algum tipo de sangramento ou de queimadura na boca, o que poderia facilitar a contaminação para o parceiro e respetivo contágio.

3. Não é necessário usar proteção

Essa é outra noção errada.

"Se os parceiros não se tiverem submetido a um exame completo para descartar a presença de DSTs, então devem tomar precauções para além da toma de anticoncecionais", afirmou o especialista do Instituto de Medicina Sexual de Madrid.

O médico recomenda ainda que, ao receber sexo oral, tanto o homem quanto a mulher usem preservativos, já que as mucosas são o ponto de entrada e de desenvolvimento de infeções.

4. Se o pénis é retirado antes da ejaculação não há risco de contágio

Não é verdade, alerta Gayá.

Ainda que seja mais reduzido, o risco permanece, já que o líquido pré-ejaculatório, que lubrifica o canal da urina para a passagem do esperma, também apresenta potencial de contágio.

5. O único perigo do sexo oral são as DSTs

A afirmação não está totalmente certa, afirmou Francisca Molero Rodríguez, codiretora do Instituto de Sexologia de Barcelona e presidente da Federação Espanhola de Sociedades de Sexologia.

Embora uma das causas mais frequentes de cancro oral seja o tabagismo, alguns tumores foram associados à infeção por HPV, o mesmo responsável pelo aparecimento de determinados tipos de verrugas genitais.

A especialista explica e recomenda: "O sexo oral é uma prática cada vez mais generalizada e que pode ser muito gratificante. Embora o risco de contrair doenças seja menor do que através do sexo anal ou vaginal, é sempre recomendável usar proteção". 

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