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Os ‘orgasmos mentais’ provocados pela ASMR fazem mesmo bem à saúde

Há quase uma década, que milhares de curiosos recorrem ao YouTube para visualizarem vídeos de pessoas a tocar em certos objetos, a cortar o cabelo ou a dobrar toalhas – apenas para experienciarem a sensação de prazer que daí advém ou a chamada ASMR (Autonomous Sensory Meridian Response).

Os ‘orgasmos mentais’ provocados pela ASMR fazem mesmo bem à saúde

Que em português significa ‘Resposta Sensorial Autónoma do Meridiano’. E aparentemente existem razões científicas para acreditar que ver esses vídeos possa ser de facto um passatempo saudável para muitos. Já que de acordo com um estudo, conduzido por uma equipa de investigadores da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, não só dá aos indivíduos uma sensação extrema de bem-estar, como também acalma e reduz a ansiedade, tendo assim um efeito terapêutico.

Resultados estes de todo surpreendentes para os já 1,3 milhões de subscritores do canal de Youtube Gently Whispering.

Existem literalmente milhares de vídeos de ASMR, os quais apresentam vários gatilhos sensoriais que provocam, segundo os milhares de fãs, uma sensação de formigueiro na parte de trás do pescoço, que se prolonga até à espinha. Muitos visualizam essas imagens simplesmente para relaxar ou para adormecer.

“Cientificamente a ASMR tem passado virtualmente despercebida”, diz Giulia Poerio, coordenadora do estudo inédito, e investigadora no departamento de psicologia da Universidade de Sheffield.

Poerio e o grupo de investigadores, resolveram investigar se os estímulos provocados pelo ASMR, e os ‘orgasmos cerebrais e sensoriais’ que alegadamente provocam, aceleram de facto a pulsação ou se acalmam o sistema nervoso.

Para tal, conduziram dois estudos diferentes, um com o intuito de analisar as respostas emocionais dos indivíduos e outro com o objetivo de captar as suas reações fisiológicas.

No primeiro estudo expuseram 800 voluntários a esse tipo de vídeos, e 81% dos quais reportaram sentir o falado formigueiro, e ainda sensações de excitação e calma, uma diminuição dos níveis de stress e de tristeza.

Os cientistas identificaram certos gatilhos como sendo os mais eficazes, nomeadamente o som de vozes, ver pessoas a bater em superfícies sólidas, ou olhar para alguém a pentear o cabelo.

Na segunda experiência, foram medidos os sinais vitais de 110 participantes enquanto viam os mesmos vídeos.

Comparando os dois grupos, as tais sensações de arrepios e de formigueiro na pele pareceram, regra geral, ser acompanhadas por uma redução do batimento cardíaco para 3,41 batimentos por minuto.

Estranhamente, também se traduziram num aumento na condutância da pele: uma resposta sensorial à excitação que sugere que a ASMR é uma técnica extremamente complexa, e que está muito além de provocar uma ‘simples’ sensação de relaxamento. Adicionalmente, os indivíduos também reportaram sentirem-se mais positivos e conectados socialmente.

“Os nossos estudos demonstraram que os vídeos de ASMR têm um efeito positivo na redução da ansiedade”, salienta Poerio.

“O que é deveras interessante é que o abrandamento do ritmo cardíaco experienciado pela maioria dos participantes é comparável aos dados apurados noutras pesquisas relativas aos efeitos fisiológicos de técnicas de redução de stress como o mindfulness, a prática de Yoga ou ouvir música relaxante”, explicou.

Estudos anteriores já tinham sugerido que a ASMR poderá ser benéfica no tratamento da depressão ou para auxiliar os indivíduos que vivem com doenças ou dores crónicas.

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