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Gosta de carne no churrasco ou grelhada? Atenção, ao risco de cancro

Apenas o ato de acender o grelhador pode contribuir para o risco de desenvolvimento de cancro.

Gosta de carne no churrasco ou grelhada? Atenção, ao risco de cancro
Notícias ao Minuto

20:00 - 23/05/18 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle Inimigo invisível

Fazer um churrasco ou grelhar carne, são atividades aparentemente inofensivas mas que afinal geram químicos tóxicos cancerígenos fatais que se propagam através do fumo – químicos esses designados por hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAP).

De acordo com um grupo de especialistas da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, o fumo proveniente da grelha, apesar do cheiro apetitoso que emana, é absorvido pela pele juntamente com os químicos carcinogéneos que o compõe.

Estudos anteriores já tinham estabelecido uma ligação entre aqueles agentes cancerígenos, e o aparecimento de doenças do foro respiratório e mutações no ADN.

A comunidade científica já estava a par que comer carne de churrasco ou grelhados é a forma mais comum de exposição humana aos HAPs. E agora, e surpreendentemente, descobriram que o seguinte modo mais comum para esses químicos se instalarem no organismo humano é através da absorção pela pele.

A equipa de investigadores, dividiu um grupo de voluntários num churrasco ao ar livre, variando a sua exposição à comida e ao fumo.

Seguidamente, recolheram amostras de urina dos participantes para exame.

Os autores do estudo afirmaram: “Como era expectável, a dieta era a principal responsável por grande parte da quantidade de exposição aos HAPs. Contudo, a pele era a segunda forma mais preponderante de exposição, sucedida pela inalação”.

O médico e coordenador da pesquisa, Eddy Zeng, acredita que os óleos presentes nos fumos que advém dos churrascos ou dos grelhados fazem com que os HAPs entrem mais facilmente no corpo humano, nomeadamente através da pele.

E avisam que a roupa não garante proteção suficiente.

Apesar do vestuário reduzir a curto prazo o risco de exposição da pele aos químicos cancerígenos, assim que aquelas peças se encontram saturadas de fumo a pele acaba por absorver quantidades “significativas” de HAPs dessa forma.

Os investigadores apontam que lavar as peças de vestuário logo após o churrasco, pode sim reduzir o nível de exposição.

Os HAPs também são formados durante o processo de grelha, quando o músculo da carne é cozinhado a temperaturas extremamente elevadas, superiores a 148 graus centígrados, de acordo com o Instituto Nacional de Cancro norte-americano.

Os especialistas alertam que os HAPs “são mutagénicos, ou seja provocam alterações no ADN que podem intensificar o risco de cancro”.

O novo estudo foi publicado no periódico Environmental Science & Technology.

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