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Como saber se uma marca é realmente cruelty free? A PETA esclareceu-nos

Há marcas que são cruelty free, na Europa, mas vendem na China, onde há testes em animais. Outras, são de facto livres de testes em animais, mas a marca-mãe não o é. Com estes dados, nem sempre concretos e imediatos, quisemos saber como chegar, de facto, a marcas de produção amiga dos animais.

Como saber se uma marca é realmente cruelty free? A PETA esclareceu-nos
Notícias ao Minuto

08:30 - 24/05/18 por Mariana Botelho

Lifestyle Cosmética

Marcas de produção sustentável, que usam produtos naturais e não testam em animais são cada vez mais comuns. A cada vez maior consciência para com o meio ambiente leva a que marcas adiram à tendência. Mas do mesmo modo que um produto que se apresente como ‘light’, no rótulo, não deve ser visto como saudável antes de se analisar certos aspetos, também os produtos ditos naturais, por vezes, não seguem os interesses que os clientes procuram, nomeadamente a ausência de testes em animais de laboratório.

A 24 de abril, Dia do Animal de Laboratório, chegou ao Notícias ao Minuto a informação de que um champô estava a utilizar o símbolo do Leaping Bunny embora não esteja certificado como cruelty free. Para esclarecer a situação e saber se tal acontece com outros produtos, fomos falar não só com a Leaping Bunny, mas também com a PETA, as mais reconhecidas e abrangentes organizações amigas dos animais.

A PETA (People for the Ethical Treatment of Animals) conta com uma lista certificada de marcas ou empresas que são cruelty free. “As marcas que fazem parte da lista CF da PETA assinaram uma declaração de fiabilidade que garante que a marca, bem como os seus fornecedores, não realiza nem realizará, comissionará ou pagará por testes em animais em qualquer parte do mundo”, explica-nos Stephanie Ruple, assistente executiva do Gabinete de Investigação, Jurídico e Corporativo desta organização.

As marcas que fazem parte da lista CF da PETA assinam uma declaração de fiabilidade que garante que a marca não realiza nem realizará testes em animais em qualquer parte do mundo Antes de integrar a lista da PETA, as marcas devem, por isso, garantir que todos aqueles com quem trabalham não testam em animais. Ainda assim, empresas subsidiárias (ou submarcas) de empresas que testem em animais podem aderir à lista mesmo que a empresa 'mãe' não tenha eliminado por completo a prática de testes em animais, desde que as marcas não se envolvam de nenhuma forma na sua produção. Garante Stephanie Ruple que, nestes casos, a PETA inclui uma nota a todas as empresas que sejam subsidiadas por outras que não sejam testadas em animais: “desta forma, os consumidores ficam totalmente informados e podem fazer as suas próprias escolhas”.

Como exemplo, apontemos a L’Oreal. Embora a marca não teste em animais na Europa há 30 anos, fazendo os testes em fragmentos artificiais de pele humana, esta é uma empresa que vende na China, onde o teste em animais de laboratório é obrigatório. Por isso, a L’Oreal não pode integrar a lista de PETA, embora o possam marcas subsidiárias que pertençam ao grupo francês, como é o caso da Urban Decay, esta sim, CF.

No caso da Leaping Bunny, apenas surgem na lista as marcas cuja empresa que integram também não teste em animais Já no caso da Leaping Bunny, apenas surgem na lista as marcas cuja empresa que integram também não teste em animais. E foi desta restrição que surgiu o problema da marca que usou erradamente o símbolo da organização.

Falamos de um champô da linha Angels (à venda em Portugal, em lojas de produtos capilares) que pertence à marca francesa Dalcony. Ainda que a linha Angles não teste em animais, a marca 'mãe' fá-lo, o que proíbe a utilização do símbolo da Leaping Bunny.

Embora nos tenha confirmado a informação, a Leapping Bunny esclarece que a organização apenas trabalha com empresas dos Estados Unidos e Canadá e que para poder certificar marcas fora destas áreas, trabalha em parceria com a Cruelty-Free Internacional.

Após o esclarecimento, Maria, a responsável da Leaping Bunny com quem falámos, acrescentou: “O nosso trabalho passa pela mais completa verificação de todas as certificações, contudo, infelizmente as marcas podem autodeclarar-se cruelty free com base em termos muito pouco consistentes”.

O Notícias ao Minuto entrou em contato com a Cruelty Free Internacional, que confirmou que a empresa em questão não está certificada pela Leaping Bunny, estando o caso sujeito a investigação mais profunda.

Por fim, tentámos contatar a Dalcony para questionar sobre o uso do símbolo da Leapping Bunny em alguns dos seus produtos, mas até ao momento não foi obtivemos qualquer resposta.

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