João Cotrim Figueiredo, um dos candidatos à Presidência da República, esteve no 'Dois às 10' esta quarta-feira, dia 15 de outubro, à conversa com Cristina Ferreira e Cláudio Ramos. No final do programa, a apresentadora teceu vários elogios ao antigo diretor-geral da TVI (2010 e 2012).
"O João passou por esta casa e não há ninguém que diga o contrário. O João foi das poucas pessoas que sabia o nome de toda a gente e que desde que entrava aqui cumprimentava a empregada de limpeza pelo nome até ao diretor com o maior poder dentro desta casa. E isso pode parecer uma coisa muito simples, mas é para muito poucos e diz muito dele", afirmou a comunicadora.
Não ficando indiferente ao momento, Manuela Moura Guedes, antiga jornalista da estação de Queluz, comentou o mesmo na sua página de Facebook, dirigindo duras críticas a Cotrim.
"Uma pena é o Dr. Cotrim ter sido um pau mandado dos espanhóis, os donos na altura da Media Capital, e ter mandado a liberdade de imprensa para as urtigas", atirou Moura Guedes.
"Foi ele, no meio de ameaças de processos, que me obrigou a rescindir contrato com a TVI, numa altura muito difícil da minha vida profissional", lembra.
"A voz do dono falou mais alto do que os princípios e a boa gestão. O jornal que eu editava era o mais visto de todos os canais portugueses e o que mais receitas dava. Quando a um domingo à noite (!) fui assinar a rescisão, ao escritório do meu advogado, nem um representante da TVI estava, cobardemente ninguém! Não, este senhor não me inspira confiança para Presidente da República", completou.
Entretanto, em resposta a Manuela Moura Guedes, Cotrim negou estas declarações, notando que não correspondem à verdade. "Quando assumi as funções de diretor-geral da TVI, em abril de 2010, o Jornal Nacional apresentado por Manuela Moura Guedes (MMG) já tinha sido suspenso e a jornalista encontrava-se de baixa médica desde setembro de 2009", referiu em comunicado ao Notícias ao Minuto.
O liberal afirmou que, "quinze anos depois", Manuela Moura Guedes "evidencia lapsos de memória incompreensíveis", lembrando-se de "coisas que não aconteceram" e esquecendo-se das que "efetivamente ocorreram".