Morreu, este sábado, a atriz Diane Keaton, aos 79 anos, avança a revista People. Para já "não há mais detalhes disponíveis, e a família pediu privacidade neste momento de grande tristeza", refere um porta-voz à publicação.
Natural de Los Angeles, na Califórnia, Keaton deu início à sua carreira no filme 'O Padrinho', tendo feito várias colaborações depois com Woody Allen, nomeadamente, em 'Annie Hall', com o qual arrecadou um Óscar de Melhor Atriz, em 1977.
Apesar de ser conhecida sobretudo pelo cinema, foi no teatro que deu os primeiros passos. Após desistir da faculdade, trocou Los Angeles por Nova Iorque para iniciar a carreira de atriz profissional, adotando o apelido de solteira da mãe: Keaton.
Em 1968 fez parte do elenco de 'Hair', na Broadway. O trabalho seguinte, também na Broadway, foi na peça 'Play it again, Sam', de e com Woody Allen. O papel na peça, estreada em 1969, valeu-lhe uma nomeação para um prémio Tony.
Apesar de ter sido com o filme 'O Padrinho' que começou a ser mais notada, a estreia de Diane Keaton no grande ecrã aconteceu em 'Lua-de-mel com urtigas', de Cy Howard, filme estreado em 1970.
Em 2022, Keaton falou à People sobre a participação no filme 'O Padrinho', de Francis Ford Coppola, inspirado no livro de Mario Puzo. Contou, segundo adianta a publicação, que nunca leu o livro e que não sabia bem do que a história tratava na altura da audição para o papel de Kay Adams, a namorada da personagem interpretada por Al Pacino, Michael Corleone.
"Acho que foi a coisa mais amável que alguém fez por mim. Ter entrado no filme 'O Padrinho' e nem ter lido o livro. Não sabia nada", referiu Keaton, explicando que "andava apenas a fazer audições" na altura e que o papel foi incrível para ela. "Depois, li o livro", explicou.
Para além da trilogia, que a lançou na história do cinema, Keaton trabalhou muito com Woody Allen em filmes como 'Interior', 'Manhattan', 'O Misterioso Assassínio em Manhattan' ou 'Annie Hall'.
A atriz não só esteve lado a lado com Allen em oito filmes, como também o defendeu quando este foi acusado de abuso sexual pela sua filha adotiva Dylan Farrow. O cineasta teceu-lhe, ao longo dos tempos vários elogios, dizendo que Keaton era "totalmente natural e incrível", e que não havia ninguém com quem ele mais quisesse trabalhar.
No início da década de 70 a atriz e o realizador começaram um namoro que durou cerca de três anos.
Nem sempre Diane Keaton esteve à frente das câmaras. Na década de 1980 estreou-se como realizadora, dirigindo o videoclipe da música 'Heaven is a place on earth' de Belinda Carlisle. Depois, realizou episódios de séries de televisão como 'Twin Peaks', 'Praia da China' e 'Pasadena', outros videoclipes e o filme 'Linhas Cruzadas'.
Diane Keaton publicou três autobiografias: 'Then Again', em 2011, 'Let's just say it wasn't pretty', em 2015, e 'Brother and Cister', 2020. Nenhuma teve tradução em português.
Em 1980 publicou também 'Reservations', um livro de fotografia, atividade à qual se dedicava desde a década de 1970, e em 2022 'Saved: My Picture World', uma autobiografia visual.
[Notícia atualizada às 22h28]
Leia Também: Primeiro romance de Woody Allen e livros premiados nas novidades do mês