Diana Nicolau encontra-se a fazer uma das viagens da sua vida, neste caso ao Japão. A atriz já teve a oportunidade de visitar vários locais, entre eles Osaka, na qual se deparou com uma dura realidade do país, conforme partilhou com os seguidores da sua página de Instagram.
"Como já é meu apanágio, primeira coisa a fazer numa cidade nova: FRITURA (aka as walking free tour) e a de ontem foi ótima. Só havia vagas com um grupo de língua espanhola, que deu pra desenferrujar o meu portunhol", começou por dizer.
Entretanto confessa: "O Japão intriga-me e fascina-me em doses iguais".
"Vi uma Osaka mais escondida dos turistas, histórias da Yakuza (máfia japonesa), red light district, bairros onde eles vão libertar o stress e esta ordem e disciplina de trabalho que encaram como religião", realça.
"Os japoneses têm uma dedicação e uma ética de trabalho que roça a insanidade, numa procura pela perfeição que leva muitas vezes à morte por exaustão. Por isso é normal ver tanta gente a dormir nos transportes no fim do dia. Eles trabalham muito. É também o segundo país do mundo com a maior taxa de suicídios. E 50% são menores de 20 anos. São tão obcecados pela perfeição que se alguma coisa lhes corre mal, veem isso como desonra para a família e isolam-se do mundo até morrerem.
Estes solitários são os hikikomori. Há um documentário no YouTube sobre isso que vi ontem. É de loucos. Vivem décadas sozinhos, isolados da família, até morrerem desnutridos ou tirarem a própria vida. E isso pode acontecer por perderem o emprego, os pais. Aumentou muito depois do Covid", continua.
Na visão da apresentadora, "há qualquer coisa de muito perverso no Japão", explicando depois o porquê. "Desde isto aos fetiches e à infantilização da mulher. Ontem passei em vários bairros com miúdas entre os 15 e os 20 com a habitual farda de colegial (para nós, Navegantes da Lua) e lá estão elas em montras, com as suas madames ao lado para tratar da transação para se 'beber um chá' com ela, porque atenção, a prostituição é proibida", revela.
"Tal como o jogo e os casinos e as ruas estão cheias de lojas de jogos, em que ganhas prémios, mas depois pegas nesses prémios e vais a outras casas e trocas por dinheiro. Yakuza everywhere. Ontem passámos em sítios onde nem esta palavra podíamos dizer. Claro que não tirei fotos a nada nem a ninguém (elas escondem a cara mal veem turistas), porque isto é tudo tão decadente e obscuro, e eu ainda estou a tentar habituar os meus olhos a tanta luz e ao ruído que esconde o resto. Ai, Japão", completa.
Veja na galeria algumas das imagens captadas por Diana Nicolau em Osaka.
Leia Também: Famosos indignados com vídeo "extremamente racista". "Um nojo absoluto"