Mãe do pequeno Artur Maria, fruto do seu casamento com Bruno Magalhães, Tatiana Oliveira não conseguiu ficar indiferente às declarações de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, que disse que a toma de paracetamol durante a gravidez poderia estar relacionada com o surgimento de autismo nas crianças.
Na sua página de Instagram, Tatiana - que se tornou conhecida após participar no programa 'Casados à Primeira Vista', onde conheceu Bruno, partilhou um vídeo no qual comenta estas alegações.
"Então as últimas notícias são que Donald Trump disse que grávidas que tomaram Paracetamol têm filhos com autismo. Bem, eu sou aqui um exemplo, que o meu filho é autista, e não tomei nenhum paracetamol, não houve a necessidade de eu tomar um paracetamol durante a gravidez e o meu filho é autista", realça no vídeo que poderá ver na galeria.
"É perigoso um presidente, neste caso dos Estados Unidos, estar a passar informação errada à população, porque não é o paracetamol eu vai provocar autismo nas crianças", diz, por fim.
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"Não tomem paracetamol": As palavras de Trump que geraram polémica
Foi numa conferência de imprensa que fez ao lado do secretário da Saúde, Robert F. Kennedy Jr, esta segunda-feira, que Donald Trump fez o "importante anúncio", tal como tinha prometido anteriormente.
O presidente dos Estados Unidos anunciou que a FDA (Food and Drug Administration, entidade reguladora da saúde nos EUA) vai recomendar que as grávidas não tomem paracetamol. Em causa, está uma alegada ligação entre a toma deste medicamento e o aumento de casos de autismo no país.
Este sugeriu que a toma do medicamento durante a gravidez pode contribuir para o risco de uma criança ser diagnosticada com autismo.
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Entretanto, esta quarta-feira, 24 de setembro, a Organização Mundial de Saúde (OMS), contradisse as informações dadas por Donald Trump. A organização diz que foram realizadas extensas pesquisas na última década, incluindo estudos de grande escala, investigando as ligações entre o uso de paracetamol durante a gravidez e o autismo, mas, até à data, "nenhuma associação consistente foi estabelecida".
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Por cá, a mesma perspetiva foi defendida pelo Infarmed, realçando a falta de evidências que justifiquem mudanças nas recomendações relativas ao uso daquele analgésico na União Europeia. "Tal como acontece com qualquer medicamento para tratamento agudo, deve ser usado na menor dose eficaz, pelo período mais curto possível e com a menor frequência necessária", aconselhou.
Aconselha ainda as mulheres grávidas a falarem com o seu profissional de saúde se tiverem dúvidas relativamente a qualquer medicamento durante a gravidez.
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