O julgamento de Harvey Weinstein por uma acusação de violação de terceiro grau foi anulado, esta quinta-feira, depois de o porta-voz do júri se ter recusado a voltar a deliberar, alegando ter sido ameaçado por outros jurados.
O homem tinha informado o juiz Curtis Farber, na quarta-feira, que tinha medo de estar na mesma sala do que os restantes jurados, uma vez que estes gritavam-lhe para tentar fazer com que mudasse de ideias, noticiou a ABC News.
O jurado recusou, por isso, voltar a deliberar, esta quinta-feira.
Esta anulação surge depois de, na quarta-feira, o júri ter emitido um veredito parcial, condenando o antigo magnata do cinema de Hollywood por uma das acusações, e absolvendo-o por outra. Saliente-se que estes vereditos mantêm-se.
Esta terceira acusação remonta a 2013, referindo-se a uma mulher que também afirmou ter tido uma relação consensual com o produtor. De acordo com a lei de Nova Iorque, a acusação de violação em terceiro grau implica uma pena menor do que as outras duas acusações.
A cabeleireira e atriz Jessica Mann testemunhou durante dias sobre a violação que disse ter sofrido num quarto de hotel de Manhattan e recordou que “a violação pode acontecer nas relações - e em dinâmicas em que o poder e a manipulação controlam a narrativa”.
Weinstein nega todas as acusações.
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