Foram várias as mensagens deixadas nas redes sociais, onde também muitas figuras públicas se manifestaram após a morte de Fernando Gomes.

O ex-jogador morreu vítima de cancro, aos 66 anos, e foi homenageado por muitos nomes conhecidos, entre eles Nuno Santos, que destacou o talento do antigo futebolista.

"Quando eu era miúdo e comecei a ir à bola, ali no final dos anos 70 do século passado, o Sporting - com Manuel Fernandes, Manoel e Jordão, entre outros - tinha um ataque de respeito, mas o Porto - com Duda, Gomes e Oliveira - não lhe ficava nada atrás. São desses anos, já com Pinto da Costa e ainda com Pedroto, as raízes do grande FC Porto que iria abalar o edifício clássico do futebol português dominado pelo Benfica (sobretudo) e a espaços pelo Sporting", começou por lembrar.

"No campo, Fernando Gomes foi a primeira bandeira da nova ordem. Amava o clube, fazia golos, garantia títulos. Um dia partiu para Espanha, para Gijon - onde vivia o meu tio - mas não foi feliz e rapidamente voltou. Não havia nada melhor do que estar em casa. Mesmo nos momentos duros, em que foi proscrito, Fernando Gomes nunca deixou de ser portista de corpo inteiro. Gostava dele, de falar suavemente com ele e torci - como muitos - nestes últimos e dramáticos anos da sua vida", acrescentou.

Antes de terminar, disse ainda: "Curvo-me perante a sua alma, que acredito ter partido em paz, ao menos pela reconciliação consumada (há já vários anos) com o seu clube do coração".

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Por sua vez, Pedro Ribeiro começou por lembrar um momento único do início da sua carreira: "'Miúdo, isto é como marcar golos. Só custa o primeiro'. Foi mais ou menos isto que o bibota disse ao puto que eu era, nas vésperas do meu primeiro relato de rádio, fora do país. Foi em Como, onde o Sporting estagiava, antes de ir, no dia seguinte, a San Siro, defrontar o Inter. Percebeu que eu estava nervoso e deu-me moral".

"O que ele não sabia era que eu estava nervoso e cheio de vergonha porque tentava ganhar coragem para lhe contar que, uns anos antes, ele tinha respondido a uma carta que eu e um amigo de infância meu lhe tínhamos escrito, quando ele se lesionou com gravidade. Eu e o Zé, único amigo de infância que era portista, lá na nossa rua em Oeiras, recebemos um obrigado manuscrito e uns postais do bibota. Nunca cheguei a contar-lhe", partilhou de seguida.

"Gomes, capa da revista Onze, com as suas botas de ouro. Classe absoluta. Da primeira vez que vi o Benfica perder na Luz com o Porto, o único golo foi de quem? Dele. Tinha de ser. Quando vi a Seleção ao vivo pela primeira vez, 2-1 à Polónia, na Luz, quem marcou um dos nossos golos? Ele (o outro foi Nené)", recordou também.

Pedro Ribeiro escreve que "desaparece mais uma das figuras do futebol que moldou a sua infância". "Mas penso que, lá em cima, no céu da cor que foi sempre a sua, Gomes vai agora formar um tridente atacante com Chalana e Jordão, e essa ideia faz sorrir. Descansa em paz, Bibota", rematou.

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Também Rita Ferro Rodrigues quis deixar uma mensagem no Instagram, realçando a sua admiração por Fernando Gomes. "Isto hoje não está fácil… Este senhor é um dos responsáveis por eu gostar tanto de futebol. Que craque! Em criança nunca o conheci mas mais tarde, por razões profissionais, fui-me cruzando com ele e que amabilidade e simpatia”, disse, deixando ainda uma palavra de carinho e conforto à família, amigos e ao FC Porto, "que perdeu um dos seus maiores tesouros". 

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"Tive o privilégio de o entrevistar há muito pouco tempo. Um senhor. Ficámos na conversa depois ainda bastante tempo, sobre o seu Porto e o meu Sporting. Um cavalheiro", escreveu César Mourão.

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