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Pedro Teixeira rumou até à Polónia e voltou a Portugal com um refugiado

"São pessoas que chegam completamente assustadas, sem rumo, e é preciso fazer alguma coisa. É preciso ajudar", disse ao falar desta experiência.

Pedro Teixeira rumou até à Polónia e voltou a Portugal com um refugiado

Pedro Teixeira decidiu viajar até à Polónia para ajudar os refugiados da guerra na Ucrânia, perante invasão russa. Uma experiência que levou o ator e apresentador a partilhar o seu testemunho na CNN Portugal. 

"A minha ideia de ajudar nasceu a partir do momento em que nós, todos os dias, somos bombardeados com estas notícias da guerra. Todos os dias vemos mães com crianças, no frio", começou por dizer, relatando de seguida a oportunidade que teve de conseguir prestar ajuda de perto. 

"Estive uns dias sem trabalhar, felizmente tenho possibilidades, conheço algumas pessoas que me ajudaram rapidamente a recolher medicamentos, roupas, comida de criança, tudo o que eu achava que era necessário levar. E juntamente com um amigo meu, fizemo-nos à estrada e fomos fazer o que qualquer um faria, na minha opinião", contou. 

"Tenho noção que sou um privilegiado e que tive essa oportunidade. Felizmente, tenho, e tive, a capacidade de um para o outro arranjar uma carrinha grande e de encher com medicamentos, e de poder ter a disponibilidade de fazer essa viagem, fazer esses quilómetros todos, porque tive essa possibilidade", frisou. 

"Estar em casa, ver estas coisas a acontecer e não fazermos uma coisa que, na minha opinião, faria todo o sentido, que era chegar lá e entregar diretamente as coisas a quem precisava, foi isso que me moveu", acrescentou. 

"São 30 horas de viagem, não é nada para nós. [...] Toda esta onda de solidariedade que foi gerada cá, tem um bocado a ver com o facto de as pessoas estarem muito próximas de nós, podíamos ser nós. E aquelas mães que vemos com crianças ao colo com temperaturas negativas, podia ser a minha namorada, os meus filhos... E isso é uma coisa que nos comove e que, automaticamente, nos dá uma energia extra para fazer o que quer que seja para ajudar essas pessoas", continuou. 

"Neste momento, aquelas pessoas vivem numa situação muito difícil. Algumas estão sete, oito quilómetros até chegar à fronteira da Ucrânia com a Polónia. Depois, estarem aquele tempo todo à espera e fazerem aquela caminhada toda. [...] O que mais impressiona são pequenas carrinhas que tinham com sirenes que são transformadas em pequenas ambulâncias que vão a esse percurso que as pessoas fazem a pé, buscar crianças e as mães, os avós... No sítio onde eu estava, de minuto a minuto chegava uma carrinha cheia", relatou. 

"É mesmo muito tristes perceberes que aquelas pessoas deixaram tudo para trás, não têm um destino, não sabem o que é que lhe vai acontecer. São pessoas que chegam completamente assustadas, sem rumo, e é preciso fazer alguma coisa. É preciso ajudar. Não tinha noção. Aquilo foi um embate muito grande chegar ali e reparar naquela realidade", confessou, afirmando também que "todas as pessoas têm valor na forma como ajudam", referindo-se a pessoas que "estão cá nas associações e que fazem as sandes para os refugiados que estão a voltar, as pessoas que se unem e vão numa carrinha buscar refugiados". "Todo o tipo de ajuda faz falta e é necessária". 

Pedro Teixeira contou ainda que acabou por trazer uma pessoa que estava na Polónia e que veio para Portugal para junto da família, criticando a má organização no transporte de refugiados. 

"Há uma grande falha que está a acontecer neste momento que é, o Governo permitiu e facilitou imenso a integração dos imigrantes, têm todas as condições para se instalarem cá, pelos menos temporariamente. O pior é quem é, quem vai buscar essas pessoas? [...] Isto causa-me muita revolta porque estamos na televisão constantemente a dizer que recebemos refugiados e que os ajudamos cá, mas, de facto, na prática não estamos a fazer nada porque as pessoas não vêm cá ter", explicou, referindo que deveria haver uma entidade responsável para "tratar deste tema", dando o exemplo do trabalho da Task Force na campanha de vacinação. 

"Todos os dias que passam a situação piora e está na altura de alguém arranjar uma organização governamental que realmente pegue nestas associações e organizes. [...] Até porque, não pode ser uma pessoa como eu a chegar e a levar uma pessoa. De repente, eu trago uma pessoa do centro de refugiados. Isso é possível. Aconteceu! Acabei por trazer uma pessoa que deixei cá com a família. Mas imagina que eu não a queria trazer e que queria fazer outra coisa qualquer, e que lhe roubava o passaporte... Essas coisas acontecem. E é precisamente por não existir organização como deve de ser que essas coisas acontecem", realçou. 

Para ver o testemunho completo de Pedro Teixeira, clique aqui

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