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Pré-menopausa, perdas e depressão: A vida difícil de Liliana Campos

A apresentadora partilhou o seu emotivo testemunho, recordando os momentos difíceis que viveu ao longo da vida.

Pré-menopausa, perdas e depressão: A vida difícil de Liliana Campos

Liliana Campos esteve na manhã desta sexta-feira, dia 1 de março, à conversa com Cristina Ferreira no ‘O Programa de Cristina’, da SIC, onde além de recordar a infância, lembrou ainda os pais, que já partiram.

Inicialmente, começou por falar da morte do pai, que faleceu há 22 anos. Na altura, lembra, a mãe tinha 63 anos e Liliana estava a começar a trabalhar em televisão.

Quando o meu pai partiu foi muito de repente. Desde que ele se queixou até partir foram seis horas”, partilhou a figura pública, referindo que o progenitor teve um aneurisma da aorta, na zona abdominal, que rebentou. “Ele queixou-se com dores e partiu em seis horas. Foi o choque de dizerem: ‘o seu pai morreu’”, lembrou, recordando de seguida as últimas palavras do pai.

“O meu irmão e a minha mãe estavam a dormir quando o meu pai teve um ataque cardíaco ao pé de mim. Sem saber o que é que havia de fazer, fui ao frigorífico buscar uma água gelada e mandei-lhe para cima. E ele voltou. Entretanto, gritei, veio a minha irmã e o meu irmão, já tinha ligado para os bombeiros, consegui fazer tudo… Ele acordou e ficou ali sentado no sofá. Os bombeiros vieram e como ele era muito grande não o conseguiram pôr na maca e levaram-no em ombros. Quando ele está a sair de casa, à porta, diz-me: ‘filha, eu vou morrer’. E eu disse: ‘que disparate, não vai nada morrer’”, contou, referindo que o pai insistiu na altura que “ia morrer” e que disse-lhe que “tinha que tomar conta da mãe e do irmão”.

Já não vi mais o meu pai, não me deixaram despedir. Não sei em que altura exata é que ele partiu, mas tomei aquelas palavras muito a sério e tenho a certeza que se o meu pai soubesse o peso daquelas palavras, nunca me as teria dito porque eu tomaria conta deles na mesma, mas sem abdicar de outras coisas que abdiquei para não falhar”, acrescentou.

A doença e a partida da mãe 

Mas esta não foi a única fase difícil da sua vida. A mãe, Zena Campos, que morreu em 2016, esteve doente durante quase cinco anos, quatro deles acamada. Durante todo este tempo, Liliana Campos manteve-se sempre ao lado da progenitora, esquecendo-se de cuidar de si própria, momento que voltou a recordar. “Aconselho as pessoas a não fazerem isso, a não esquecerem-se delas, porque depois não conseguem estar bem para as outras pessoas que precisam. Mas o ritmo é tão alucinante que nem paras para pensar”, realçou.

Uma fase muito complicada, com muita correria, uma vez que tinha que trabalhar e cuidar da mãe, que levou a que adiasse um grande sonho: o de ser mãe. Viver a maternidade era um desejo antigo, pois, afirma, “gosta muito de crianças”.

Não consegui ser mãe porque fui adiando a maternidade, porque queria apaixonar-me como eu me apaixonei pelo Rodrigo [Herédia] para ser mãe. Era a pessoa que queria que fosse pai dos meus filhos, mas na altura em que a minha relação se torna mais sólida e vou viver com ele, acontece isto à minha mãe. Ela ficou dependente. Isto absorveu-me muito, a nossa relação ficou em segundo plano, muitas vezes em terceiro porque estava obcecada que não falhasse nada lá de casa”, contou, explicando de seguida que com os nervos acabou por entrar na pré-menopausa. Uma condição que foi provocada por todo o stress vivido.

“Na altura pensava assim, eu não posso ter um filho agora... [...] Eu fazia muita força para pegar na minha mãe e, ao contrário daquilo que as pessoas podem pensar, não tinha dinheiro para ter duas pessoas em casa, para fazer o turno. Só conseguia pagar a uma pessoa e o resto foi divido com o meu irmão”, relatou, admitindo que, apesar de terem aparecido pessoas boas, foi muito "difícil" encontrar alguém para tomar conta da mãe. 

Liliana só se apercebeu verdadeiramente do facto de que não podia ter um filho quando a progenitora morreu. “Percebo isso depois da minha mãe partir. Fica um vazio tão grande, uma solidão tão grande e tu tens amor para dar…”, confessou, revelando que todo o processo após a morte da mãe foi muito complicado e que precisou da ajuda de uma psiquiatra, uma vez que “entrou em depressão”. “Aqueles dois anos a seguir à partida da minha mãe foram muito duros”, afirmou.

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