As receitas das portagens das PPP rodoviárias "ainda são insuficientes para assegurar a cobertura dos encargos suportados e da respectiva exploração", defende a UTAP no boletim destas parcerias, relativo aos meses de Janeiro a Março.
O mesmo documento revela que o nível de cobertura média dos encargos brutos é de 21%, sendo que isto resultava, em Março, em 311 milhões de euros de investimento. Já as receitas não foram além dos 64,7 milhões de euros, resultando num défice de 246,4 milhões de euros, menos 1% do que no período homólogo de 2012.
A UTAP sustenta que esta evolução deve-se ao aumento das vias com portagens, que se agravou com a cobrança nas ex-Scut, destacando ainda o efeito do fim das medidas de discriminação positiva para os moradores em zonas de influência de algumas concessões.
Segundo o boletim da UTAP, as concessões Beira Interior e Interior Norte são as que registam menos taxa de cobertura, fazendo face a apenas 8% e 10% dos encargos.
Por seu turno, as concessões do Norte, Norte Litoral e Costa Prata são as que têm uma taxa de cobertura mais elevada, de 33%, 31% e 27%, respectivamente.