Um porta-voz do ministério chinês do Comércio disse hoje que a oferta de uma subsidiária do gigante chinês do comércio eletrónico Alibaba pelo MoneyGram era "um investimento comercial normal".
Porém, a empresa não conseguiu, na semana passada, a autorização do Comité para o Investimento Externo dos EUA para concretizar a venda.
O porta-voz, Gao Feng, afirmou que Pequim "lamenta voltar a observar que investimento comercial e aquisições e fusões por empresas chinesas nos Estados Unidos voltaram a ser impedidas pela chamada 'segurança nacional'".
Gao afirmou que as autoridades chinesas não estão contra um exercício regular das implicações para a segurança, mas que estão preocupadas que outros governos usem aquele argumento para erguerem barreiras injustas contra negócios indesejados.
A Ant Financial, subsidiária do gigante chinês do comércio eletrónico Alibaba, tinha concordado em janeiro de 2017 adquirir o MoneyGram por 1,2 mil milhões de dólares (995 milhões de euros).
Firmas chinesas têm realizado grandes aquisições de empresas tecnológicas e marcas estrangeiras, sobretudo na Europa e nos Estados Unidos.
Portugal não é exceção: a China tornou-se, nos últimos anos, um dos principais investidores no país, comprando participações em grandes empresas das áreas da energia, seguros, saúde e banca.
A maioria dos negócios decorre sem incidentes, mas outros suscitam críticas devido à possibilidade de representarem uma ameaça à segurança do respetivo país ou à perda de ativos importantes.
Em setembro passado, o Presidente norte-americano, Donald Trump, bloqueou a compra de um fabricante de semicondutores do estado de Oregon (noroeste dos EUA) por uma empresa financiada pelo Governo chinês, também por motivos de segurança.