O memorando de entendimento fixava, para 2012, cortes no orçamento da Saúde orçados em 550 milhões de euros. No entanto, o Governo de Passos Coelho foi mais longe e a tesourada final foi de 710 milhões, ou seja, de 160 milhões a mais do que havia sido imposto pelos credores internacionais, indica o relatório de Primavera do Observatório Português de Saúde, citado pelo i.
De acordo com o documento que será hoje apresentado e a que o i teve acesso, a antecipação dos cortes não se prende com qualquer razão em concreto, algo que agrava as pressões que pendem sobre o bom funcionamento do sistema de saúde num “período socialmente crítico para o País”.
Outros dos alertas lançados pelo Observatório, para lá dos cortes além do exigido pelo memorando, reportam à estagnação dos cuidados primários, ao bloqueio à entrada de inovação no território português, e a taxas moderadoras falsas, enumera o mesmo jornal.