Banco BNI quer conceder 10 milhões em 'crédito inverso' a idosos

O banco BNI espera conceder, no prazo de um ano, 10 milhões de euros em crédito inverso, um produto destinado a idosos que podem hipotecar a sua casa e em troca receber dinheiro e com que o banco quer reforçar negócio.

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Lusa
23/02/2017 10:32 ‧ 23/02/2017 por Lusa

Economia

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O Banco de Negócios Internacional (BNI) Europa, que abriu portas em 2014 e pertence ao angolano BNI, realizou esta terça-feira uma conferência em Lisboa em que apresentou o seu novo segmento de negócio para maiores de 65 anos, aproveitando a tendência de envelhecimento da população, e em que se destaca o produto que se designa por 'crédito inverso' (ou hipoteca inversa).

A ideia deste produto, que é comum no mercado anglo-saxónico, é permitir a pessoas mais idosas (que habitualmente tê mais dificuldade de acesso a crédito) obterem liquidez a partir do seu património imobiliário.

"Permitimos que haja possibilidade de um casal de idosos ter condições para viver melhor indo buscar capital ao ativo que detêm e permitindo que possam viver na sua casa até ao falecimento do último [cônjuge] ou aquando mudarem para um lar", explicou o presidente do BNI Europa, Pedro Pinto Coelho, à Lusa.

Assim, caso uma pessoa ou um casal acima de 65 anos queira este produto, o banco fará a avaliação em função do imóvel que detêm (nomeadamente a localização), da esperança média de vida das pessoas em causa e assim determinará o valor a emprestar.

Esse dinheiro pode ser concedido de uma vez ou em prestações anuais e tem de ser devolvido ao banco (o capital e os juros) quando as pessoas em causa deixarem de viver na casa, sem data-limite de devolução de capital.

Caso as pessoas saiam da casa apenas em caso de morte, os herdeiros podem pagar a dívida se quiserem ficar com o imóvel ou têm um período para o vender e pagar a dívida ao banco.

Caso contrário, será o banco a ficar com o imóvel para saldar a dívida, como acontece em qualquer crédito hipotecário.

"Isto permite retirar muito do valor que existe hoje imobilizado num património elevado", reforçou o responsável do banco BNI.

Sobre como correu o ano de 2016 para o banco, o segundo ano de atividade em Portugal, Pedro Pinto Coelho destacou o crescimento registado no negócio, mas preferiu não adiantar já dados sobre resultado líquido, uma vez que as contas ainda estão a ser fechadas, mas admitiu que ainda foi negativo.

"O balanço geral é bastante positivo, mas somos uma 'start-up', não era expectável que apresentássemos resultados positivos, estamos ainda numa fase de investimento muito forte", afirmou.

Pedro pinto Coelho disse ainda que a aposta no segmento de maiores de 65 anos faz parte da estratégia comercial do BNI para conseguir chegar a novos nichos de mercado, uma vez que atualmente é sobretudo conhecido por captar depósitos.

"A ideia é diversificar a base captação de recursos e criar produtos para diversificar o leque de atividade que não dependa da relação Portugal-Angola", disse.

 

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