Em conferência de imprensa, em Lisboa, Gortázar assegurou que a instituição espanhola está preparada para subscrever a emissão de dívida subordinada que "o BPI necessita para cumprir os rácios exigidos" por Frankfurt, que deverá ultrapassar os 225 milhões de euros.
"O BPI cumpre as necessidades de capital, mas ficou abaixo do rácio total que o banco tinha que cumprir a partir de 01 de janeiro. O rácio total que nos foi determinado foi de 11,75%. Fazendo as contas a que o banco devia ter pelo menos 12%, para não ser no mínimo, o que era preciso para chegar a 12% eram 285 milhões de euros", explicou Fernando Ulrich, presidente do banco português.
Segundo Ulrich, "para ter alguma folga, o Conselho de Administração decidiu que o banco emitisse até 350 milhões de euros".
"Entretanto, o BPI fechou as contas de 2016 e houve dois aspetos que correram bastante melhor do que estávamos à espera e isso permitiu rever essa estimativa", explicou.
Como o BPI, em 2016, conseguiu "resultados melhores do que o esperado" e uma "rentabilidade do fundo pensões também melhor do que o esperado", Ulrich revelou que "o valor de 285 milhões de euros baixou para 206 milhões de euros, daí agora apontar para os 225 milhões de euros".
"Vai ser com certeza algo mais, mas penso que ainda cedo para dizer", rematou.