Mário Centeno admitiu que evitar um novo resgate era a sua principal função, mas o discurso em entrevista à televisão norte-americana CNBC tinha levantado algumas dúvidas sobre a relevância de falar no tema em altura tão delicada, principalmente tendo em conta a cada vez mais próxima operação de venda de dívida subordinada da CGD nos mercados.
Os ânimos parecia ter voltado a exaltar-se, mas esta tarde surgiu em cena a Moody's para sossegar os investidores mais alarmistas com uma declaração de absoluta confiança na economia portuguesa.
Para a agência norte-americana, o risco de Portugal precisar de nova ajuda externa "é baixo", o que não significa que o país consiga cumprir todas as metas. A Moody's diz mesmo que espera que "as metas orçamentais continuem a ser falhadas", mas o défice "vai muito provavelmente estabilizar abaixo dos 3% do PIB".
Para a agência de rating, a posição de financiamento portuguesa "é muito confortável", uma vez que os juros da dívida continuam muito longe dos níveis insustentáveis do passado, e mesmo que o segundo resgate "não possa ser totalmente descartado", dificilmente irá tornar-se realidade.
[Notícia atualizada às 16h35]