Centeno: Evitar um novo resgate "é a minha principal função"
À margem da 'rentrée' do Ecofin, Mário Centeno falou à CNBC da situação portuguesa. O Ministro das Finanças garante que a estratégia de aposta no consumo não significa uma inversão das reformas e garante que o Governo está a fazer tudo para evitar nova intervenção externa.
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Economia Entrevista
Com um crescimento anémico e algumas dificuldades para manter a força do comércio internacional e a recuperação da indústria, construção e serviços, a economia portuguesa tem feito soar alarmes em todo o mundo e parece afastar-se do aparente sucesso de Espanha e República da Irlanda no pós-crise.
Os sinais de alerta repetem-se, mas para tentar tranquilizar os mercados, Mário Centeno falou à CNBC antes da reunião da passada semana do Ecofin e deixou no ar a ideia que Portugal está a fazer todos os esforços para evitar um novo resgate e recuperar a economia sem austeridade excessiva.
Questionado sobre a possibilidade de um segundo programa de ajuda externa, o ministro das Finanças foi claro: "[Evitar um resgate] É a minha principal função. Estamos a seguir compromissos orçamentais e a reduzir a dívida pública precisamente nessa linha".
As críticas à estratégia de devolução de direitos e aumento do salário mínimo têm surgido da oposição e de vários representantes europeus, mas Centeno garante que a atenção do Governo deve continuar voltada para a recuperação dos rendimentos e para "baixar impostos que já deviam ser baixos, devido à natureza temporária dos aumentos".
Sobre os planos económicos para o futuro, Mário Ceteno garantiu que está a ser aplicado um ambicioso plano de "estabilização do sistema financeiro, crucial para o crescimento do investimento e da economia".
"É um conjunto muito mais variado de medidas que estamos a aplicar", garantiu o ministro das Finanças, numa comparação direta com o governo de coligação PSD/CDS-PP.
[Notícia atualizada às 11h20]
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