A desvalorização dos 'papéis' da operadora acontece na primeira sessão após ter anunciado que entrou com um pedido de recuperação judicial para tentar resolver problemas de negociação da sua dívida.
A BM&F Bovespa chegou a suspender as negociações das ações da Oi até pouco depois das 11:00 (15:00 Lisboa), enquanto realizava um leilão para definir o preço inicial dos títulos.
Por volta das 13:00 (17:00 Lisboa), as ações preferenciais da companhia (que dão aos acionistas preferência na distribuição dos dividendos da empresa) registavam uma queda de 16,16% para 1 real (0,261 euros, ao câmbio atual).
Já as ações ordinárias (que dão ao dono do papel o direito a voto em assembleias da empresa) caíam 20,63% para 0,83 centavos de real.
Na segunda-feira, a Oi entrou com um pedido de recuperação judicial na comarca da capital do estado do Rio de Janeiro para tentar manter a continuidade do negócio.
Segundo a companhia, o total dos créditos com pessoas não controlados pela Oi listados nos documentos protocolados com o pedido de recuperação judicial somava aproximadamente 65,4 mil milhões de reais (17 mil milhões de euros)".´
Hoje, a Oi anunciou que convocou para dia 22 de julho uma assembleia-geral extraordinária para ratificar o pedido de recuperação judicial.
A Pharol, antiga PT SGPS, detém 27,5% da operadora da Oi e ficou com a dívida da Rioforte, 'holding' do grupo Espírito Santo, que deixou um 'buraco' de 847 milhões de euros na PT Portugal, operadora que foi comprada em 2015 pelo grupo francês Altice, que deixou de fora da aquisição aquela dívida.