A China, que cresceu 6,7% no primeiro trimestre deste ano, deverá ver o rendimento 'per capita' subir para 15.095 dólares, 47 dólares acima do valor no Brasil, de acordo com as estimativas do Fundo Monetário Internacional, citadas pela agência financeira Bloomberg.
A ultrapassagem representa uma significativa viragem face a anos recentes, já que em 2006, devido às taxas de industrialização e ao elevado preço das matérias-primas, o poder de compra dos brasileiros era o dobro dos chineses.
O Brasil enfrenta uma recessão económica que deverá prolongar-se para este ano, depois de no ano passado ter registado um crescimento negativo de 3,5%, e em 2017 o crescimento deverá recuperar muito marginalmente, de acordo com as previsões das instituições económicas internacionais.
A crise brasileira é também política, com a incerteza sobre a evolução do Governo a dominar as atenções dos investidores e dos analistas internacionais.
O Brasil, a China, a Índia, a África do Sul e a Rússia fazem parte do grupo de países geralmente designado pelo acrónimo BRICS, que tem perdido relevância devido à diferente evolução destas nações: a Índia e a China mantêm crescimentos significativos, na ordem dos 7%, ao passo que a Rússia e o Brasil enfrentam uma recessão este ano.