Só 6% dos administradores das maiores empresas são mulheres

A presença de mulheres nos conselhos de administração das maiores empresas portuguesas continua a ser residual, representando apelas 6% do total, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), que refere existirem 162 mil empresárias em Portugal.

Um bilião de mulheres vai entra no mercado de trabalho na próxima década

© Reuters

Lusa
07/03/2013 12:32 ‧ 07/03/2013 por Lusa

Economia

INE

Na véspera do Dia Mundial da Mulher, o INE avança esta quinta-feira com novos dados que permitem posicionar a mulher portuguesa perante o trabalho e a actividade profissional.

De acordo com os indicadores do INE relativos à situação vivida no país em 2011, as mulheres representam apenas 6% dos membros dos Conselhos de Administração do Psi20 (as 20 maiores empresas cotadas na Bolsa de Valores de Lisboa).

Comparando com os países da União Europeia, Portugal está 7,7 pontos percentuais abaixo da média europeia, que no início do ano passado tinha 13,7% de mulheres em cargos de administração.

As portuguesas continuam também muito longe da meta definida pela Comissão Europeia que quer que os homens passem a ocupar apenas 60% dos cargos de administração até 2020 e não 97% como acontece actualmente.

Apesar de estarem em clara minoria nos conselhos de administração, em 2011 havia 162 mil mulheres que eram empregadoras (35% do total nacional). Com uma idade média de 43,1 anos, uma em cada quatro empresária possui um curso superior. É nas áreas como o comércio, alojamento, restauração, indústria transformadora, actividades de saúde e apoio social que as mulheres se sentem mais à vontade a criar o seu próprio negócio.

Mas também já começam a ocupar cargos “dirigentes”: Em 2011, quase 109 mil mulheres exerciam a sua profissão como dirigentes, representando 5,2% do total de empregadas.

As mulheres que ocupam lugares de dirigente são mais jovens (a média de idades é de 43,3 anos) e mais qualificadas (36% tinha um curso superior, face a 30% no total de dirigentes). As dirigentes também casam menos e divorciam-se mais.

O INE comparou ainda a presença de mulheres em empresas mais antigas e recém-criadas e concluiu que as empresas mais jovens preferem contratar homens. Enquanto nas empresas instaladas há mais anos as mulheres representam 46,6% do total de trabalhadores, nas empresas com menos de cinco anos a percentagem desde para 36,6%.

Apesar de ainda serem o elo mais fraco, já há excepções: três em cada quatro profissionais de saúde são do sexo feminino, assim como três em cada cinco funcionários da área da Educação (64,2%). Pouco mais de metade (55,5%) das pessoas que trabalham na restauração e alojamento também são mulheres.

De acordo com o Censos 2011, as mulheres representam 47,8% da população empregada e têm em média 40,5 anos. Trabalhadoras de limpeza, vendedoras de loja, empregadas de escritório ou professoras dos ensinos básicos (2º e 3º ciclo) e secundário são tarefas associadas ao sexo feminino. Por exemplo, no caso das escolas, sete em cada dez professores são mulheres.

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