Duas semanas depois de ter tomado posse, a reversão das decisões tomadas pelo Executivo anterior no que toca aos transportes revela-se uma das prioridades do Governo socialista.
Esta quinta-feira foi anunciado pelo Executivo liderado por António Costa que o ministro do Planeamento e das Infraestruturas iniciou as negociações com vista à reversão da privatização da TAP.
Ainda que Bloco de Esquerda e PCP entendam que a companhia aérea deve ser totalmente pública, Pedro Marques estipulou uma meta. O objetivo é fazer com que o Estado recupere, pelo menos, 13% do capital cuja venda foi acordada com o consórcio Gateway, mantendo-se como acionista maioritário.
A reversão da subconcessão dos transportes coletivos de Lisboa e do Porto é outra das preocupações do novo Governo socialista, inconformado com a intenção do anterior executivo PSD/CDS de passar para a mão dos privados a Metro do Porto, Metro de Lisboa, STCP e Carris.
Também ontem a comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas aprovou dois textos únicos que PS e Os Verdes apresentaram relativos à reversão das subconcessões destas empresas.
Não tanto no campo dos transportes mas igualmente no que toca à deslocação dos portugueses, o ministro do Planeamento e das Infraestruturas reagiu às propostas do Bloco de Esquerda e PCP de acabar com as portagens nas antigas SCUT.
“Não está em cima da mesa do Governo a abolição de portagens”, disse o ministro, salvaguardando que serão tomadas medidas no sentido de favorecer a mobilidade no Interior.