O Estado português quer receber cerca de 1,3 mil milhões de euros da Galilei. O valor é pedido no âmbito da insolvência da antiga dona do BPN, como compensação pelos créditos tóxicos assumidos pela Parvalorem e Parups.
As empresas públicas assumiram a responsabilidade de cobrir as responsabilidades de alguns dos financiamentos de alto risco, após o resgate ao Banco Português de Negócios (BPN).
Na época, a Galilei, ainda chamada Sociedade Lusa de Negócios, abdicou dos produtos financeiros para garantir a estabilidade do grupo, mas a incapacidade de pagar as dívidas resultantes obrigou a empresa a pedir a entrada no Processo Especial de Revitalização já este ano.
No total, os credores reclamam o pagamento de 1.668 milhões de euros, referentes a em total de 1.461 créditos em incumprimento. Cerca de 80% deste valor é devido às duas empresas do Estado que ajudaram a Galilei, com o restante valor em falta a ser devido à banca, subsidiárias e investidores privados que apostaram em produtos financeiros emitidos pela Sociedade Lusa de Negócios.