"É uma questão mais profunda. Não podemos limitá-la só ao incentivo fiscal. O incentivo fiscal levou muitas pessoas a fazer PPR porque tinha logo um desconto no IRS naquele ano. Mas hoje, não há esse benefício fiscal, e os portugueses continuam a fazer PPR na atividade seguradora e nas sociedades gestoras de fundos de pensões", afirmou aos jornalistas após a apresentação de relatórios sobre o setor, em Lisboa.
"Eu penso que o problema não está aí. [O regime] pode continuar conforme está porque a confiança que existe no setor é uma boa confiança. Os portugueses acreditam no setor", salientou.
O responsável assinalou que "os portugueses continuam a poupar para a reforma" e sublinhou que "o crescimento dos PPR no primeiro semestre foi uma realidade".
E avançou com uma justificação para a aposta dos cidadãos neste tipo de produto.
"Com estas incertezas que existem nos mercados financeiros e na própria Segurança Social, os seguros de vida mantêm uma 'performance' muito boa, em termos do volume de negócio, e os PPR, mesmo sem existirem benefícios fiscais - que foram quase todos cortados" são uma das soluções favoritas dos aforradores, vincou o líder do supervisor do setor segurador.
E concluiu: "Os portugueses continuam a acreditar no sistema segurador como um sítio onde podem meter as suas poupanças".