A Anbang terá tentado baixar o valor a pagar pelo Novo Banco, que a imprensa referiu inicialmente rondar os 3.000 milhões de euros, o que terá contribuído para inviabilizar o negócio.
Com isto, a seguradora chinesa falha, por agora, a oportunidade de se impor como um operador mais significativo no mercado bancário europeu, em que detém apenas a subsidiária belga do banco holandês Delta Lloyd Bank, num negócio fechado por 206 milhões de euros em julho.
Quem entra agora mais a sério na equação é o grupo norte-americano Apollo, que vai agora negociar com o Banco de Portugal a compra do Novo Banco.
Criado há 24 anos, ficou conhecido em Portugal depois de ter adquirido a seguradora Tranquilidade. Agora, volta à mesa das negociações com o BdP.
A favor, o grupo Apollo tem ativos no valor de 127 mil milhões de euros, está cotado na Bolsa de Nova Iorque e tem 10 escritórios na América do Norte, Europa e Ásia.
Caso o grupo chegue a acordo para a compra do Novo Banco, passa a deter em Portugal dois negócios complementares: um banco e uma seguradora.
Mas há outro grupo na corrida, a chinesa Fosun. Esta é uma hipótese para reforçar a sua presença em Portugal, onde já detém a companhia de seguros Fidelidade e a Luz Saúde.
Saliente-se ainda que através da Fidelidade, a Fosun controla 5,3% da REN - Redes Energéticas Nacionais.
No primeiro semestre deste ano, a empresa com sede em Xangai lucrou 3.617 milhões de yuan (506,9 milhões de euros).