Ao conhecimento dos diretores da Axa Portugal chegaram duas propostas de compra. Uma não vinculativa, pela holding AAA, que detém a seguradora de viagens Caravela. Em declarações ao Diário Económico, fonte ligada ao grupo nacional diz que o facto da proposta não ser vinculativa tem a ver com a necessidade de uma 'due dilligence' (processo de investigação e auditoria que confirma os dados dados disponibilizados aos potenciais compradores) prévia, que permita a alteração da proposta.
Do outro lado, está outra oferta por parte do grupo americano Apollo Global Management, que controla a companhia de seguros Tranquilidade, adquirida ao Grupo Espírito Santo, em 2014. Caso vençam a compra, o objetivo do grupo Apollo é fundir ambas as seguradoras. Esta holding também está envolvida na corrida à compra do Novo Banco, ao qual também apresentou outra proposta vinculativa, mas ainda sem resposta.
O prazo de entrega das propostas terminou a 3 de Julho e, segundo apurou o Dinheiro Vivo, estas foram as duas ofertas concretas que chegaram ao conhecimento da AXA. Existem ainda rumores que dão conta de outros dois possíveis interessados, mas não confirmados. São eles o grupo belga Ageas (detentor da Ocidental e da Médis) e a Mapfre.
A saída da Axa de Portugal foi anunciada um mês depois do despedimento coletivo de 67 colaboradores feito na empresa, após a escolha da empresa francesa em contratar a JP para tomar conta da assessoria da venda, segundo apurou o Económico. Em Portugal, a seguradora ainda mantém os ramos reais, vida e Seguro Direto.