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Franceses vão gerir rede de 50 hotéis em Angola criando 3.000 empregos

Os franceses da Accor vão gerir a rede de hotéis do grupo angolano AAA, permitindo a abertura de 50 unidades e a criação de 3.000 postos de trabalho até 2017, segundo acordo assinado hoje em Luanda.

Franceses vão gerir rede de 50 hotéis em Angola criando 3.000 empregos
Notícias ao Minuto

11:26 - 03/07/15 por Lusa

Economia Accor

Trata-se de um dos três acordos empresariais assinados durante o fórum económico Angola-França, no âmbito da visita de Estado que o Presidente francês, François Hollande, está a realizar à capital angolana.

"A França confia no futuro económico angolano. Sentimo-nos impressionados com o potencial de Angola", afirmou o chefe de Estado francês na intervenção neste fórum, durante a qual reconheceu a necessidade de diversificar a cooperação económica entre os dois países, "que ainda se cinge muito ao petróleo".

"Investir em Angola significa transmitir uma mensagem de confiança à população angolana e à economia angolana", disse Hollande, perante uma plateia composta por dezenas de empresários dos dois países.

No âmbito deste fórum foi também assinado um acordo entre a petrolífera francesa Total e a angolana Sonangol para "reforçar a cooperação" e "acelerar as atividades de exploração" dos recursos petrolíferos em Angola. Prevê ainda o desenvolvimento da capacidade de operação da Sonangol.

A Total garante 40 por cento da produção angolana de petróleo - país que é o segundo maior produtor da África subsaariana - e investe anualmente no país, nesta atividade, 2,5 mil milhões de euros.

Este acordo foi sublinhado pelo Presidente francês, ao garantir que "permitirá prosseguir este ritmo de investimento nos próximos anos".

Ainda no âmbito do acordo envolvendo as duas petrolíferas está prevista a distribuição em Angola de sistemas de iluminação e candeeiros solares, através do projeto "Awango by Total".

Um terceiro acordo - além de várias cartas de intenção - foi assinado na presença de François Hollande, nesta caso visando a modernização, até 2022, do Instituto Nacional de Meteorologia de Angola (Inamet), através de uma parceria com o instituto público Météo Française Internationale (MFI) e a empresa angolana LTP Energia.

Não foram revelados os montantes financeiros dos três acordos assinados neste fórum empresarial.

O Presidente francês anunciou ainda que a transportadora aérea Air France vai avançar com um terceiro voo semanal entre Paris e Luanda.

"Tudo isto revela que estamos num movimento de amplificação e de diversificação das relações económicas", sublinhou Hollande, antes de se referir à necessidade de Angola "facilitar" alguns trâmites, como pagamentos do Estado, regras fiscais e acesso a divisas.

"Para que as empresas possam investir em Angola com maior facilidade", disse ainda.

Agricultura, planeamento urbano, transportes, energia e água, infraestruturas, comunicações e geologia e minas são áreas prioritárias identificadas desde 2014, no relançamento das relações bilaterais, na cooperação económica entre Angola e França.

O Presidente francês chegou na quinta-feira a Luanda e será recebido hoje, no Palácio Presidencial, pelo homólogo angolano, José Eduardo dos Santos, antes de terminar a visita oficial a Angola.

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