Bancos angolanos obrigados a fazerem 25% de reservas em moeda nacional
Os bancos comerciais angolanos estão obrigados, desde quarta-feira, a constituir reservas de moeda nacional no Banco Nacional de Angola (BNA) equivalentes a 25 por cento dos depósitos dos clientes, anunciou o governador do banco central.
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Economia Depósitos
O coeficiente de Reservas Obrigatórias em moeda nacional estava fixado em 2014 em 12,5%, tendo o BNA aumentado a 01 de janeiro de 2015 para 15% por cento, justificando a decisão com a necessidade de "garantir a estabilidade de preços", precisamente no pico da crise da quebra da cotação internacional do petróleo, que está a condicionar a economia angolana.
O aumento acontece, segundo o governador do banco central, José Pedro de Morais Júnior, "para reduzir a sua [BNA] capacidade para aumentar a quantidade de moeda a circular na economia".
De acordo com o governador, numa declaração publicada pelo BNA e consultada hoje pela Lusa, o curso atual da política monetária em Angola "é consistente com a dinâmica da inflação no primeiro semestre do ano", que registou a 31 de maio um nível de 8,86% (a 12 meses), contra 7,48% em dezembro de 2014, para o mesmo período.
Segundo dados do BNA, Angola contava em abril último com 480.359 milhões de kwanzas (3,5 mil milhões de euros) em reservas obrigatórias em moeda nacional e 272.318 milhões de kwanzas (dois mil milhões de euros) em moeda estrangeira.
Os bancos comerciais que operam em Angola são obrigados a informar o banco central, regularmente, sobre estas reservas, que envolvem depósitos e operações com títulos.
"Num segundo momento, ajustar-se-ão as taxas de juro dos depósitos a prazo nos bancos comerciais, incentivando a procura por moeda nacional. Se a procura por moeda nacional aumentar, reduzirá a procura por moeda estrangeira, reduzindo-se, igualmente, a pressão sobre a taxa de câmbio", apontou José Pedro de Morais Júnior.
A crise da cotação do petróleo no mercado internacional obrigou o Governo angolano a rever, em março, o Orçamento Geral do Estado para 2015, estimando agora um défice nas contas públicas de 07% e um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 6,6%.
O peso do petróleo nas receitas fiscais deverá descer de 70%, em 2014, para 36,5% este ano, o que tem levado o executivo angolano a procurar diversas fontes de financiamento externo, lidando ainda com a falta de divisas para garantir as necessidades de importações do país.
O governador do BNA assumiu ainda o objetivo de garantir reservas nacionais (divisas) em níveis suficientes para assegurar seis meses de importaç
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