"Estou um pouco surpreendido com a visão negativa dos serviços públicos [em Portugal]. Os serviços públicos estão a ser decapitados. Não são estes os serviços públicos que tenho visto e com que tenho trabalhado. Os serviços públicos são a saída do problema", afirmou Cangiano numa conferência sobre a reforma do sector público, em Lisboa.
O antigo director do Departamento de Assuntos Orçamentais do Fundo Monetário Internacional (FMI), que está actualmente de licença sabática, defendeu ainda que "as reformas nunca param" e que devem "direccionar-se para os problemas específicos".
No entanto, o responsável notou que "há uma tendência para importar", sublinhando que "adoptar as soluções de fora é a saída mais fácil". O problema – explicou – é que "isto impede uma análise mais profunda".
Marco Cangiano destacou que "cada país é único" e que "o contexto [particular de cada um] é importante", mas entende que "isso não pode ser usado como desculpa".