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Governo angolano compra três apartamentos a sociedade do ex-BESA

O Governo angolano vai comprar três apartamentos a uma empresa gestora de fundos e investimentos do antigo Banco Espírito Santo Angola (BESA) por 4,4 milhões de euros, segundo despacho presidencial a que a Lusa teve hoje acesso.

Governo angolano compra três apartamentos a sociedade do ex-BESA
Notícias ao Minuto

10:40 - 22/05/15 por Lusa

Economia Espírito Santo

De acordo com o documento, de 11 de maio, em causa está a necessidade de comprar "três apartamentos de função para os membros do Governo", lê-se no mesmo despacho, assinado pelo Presidente José Eduardo dos Santos, referindo que os imóveis se situam no largo Serpa Pinto, em pleno centro de Luanda.

O negócio é celebrado com a empresa BESA ACTIF - Sociedade Gestora de Fundos e Investimentos SA por 540.633.630,60 kwanzas (4,4 milhões de euros), ficando o contrato dependente do visto do Tribunal de Contas.

Segundo a informação disponível no sítio oficial na internet, a BESA ACTIF é uma sociedade gestora de fundos, constituída nos termos da Lei Angolana e supervisionada pela Comissão do Mercado de Capitais, detida em 62 por cento pelo BESA, que passou em 2014 a Banco Económico SA e que mudou de acionistas.

A mesma informação indica que 35% do capital social da empresa pertence à Espírito Santo Participações Internacionais (ESAF).

Mais de seis meses depois do fim do BESA, o nome da histórica família banqueira portuguesa mantém-se presente por todo o país, nos balcões do banco.

Intervencionado a 04 agosto pelo Banco Nacional de Angola, depois do colapso do BES português e devido ao volume de crédito malparado, o BESA foi transformado, por decisão dos novos acionistas de 29 de outubro, em 'Banco Económico SA'.

Contudo, toda a marca corporativa permanece inalterada, com balcões e agências, de todas as dimensões, a ostentarem o nome "Banco Espírito Santo Angola", o mesmo acontecendo na internet e na publicidade de rua.

Questionada em abril pela Lusa, fonte oficial da administração do Banco Económico SA - que passou a integrar a Sonangol (35% do capital social) e de onde saiu o BES português -, assumia que a instituição estava na "fase final de preparação da sua imagem corporativa", a qual "será apresentada muito brevemente".

A estrutura acionista anterior era composta pelo BES português, com 55,71%, e pela Portmill, com 24%, participações que foram diluídas, face ao aumento de capital concretizado - por determinação do banco central angolano - a 29 de outubro, o que ditou as mudanças na designação do banco.

Contudo, o BES considerou na altura que as decisões tomadas nesta assembleia-geral são "inválidas e ineficazes", alegando que a sua representante foi impedida de participar na reunião, sob o pretexto de se ter atrasado e afirmando que irá "agir em conformidade".

O português Novo Banco ficou com uma participação de 9,9% no capital social do Banco Económico SA, por conversão de 53,2 milhões de euros do anterior empréstimo do BES português, de 3.300 milhões de euros.

À nova posição da petrolífera angolana Sonangol somam-se os quase 20% da sociedade Geni, que se mantém como acionista, enquanto os chineses da Lektron Capital também entraram no capital social, com uma quota de 35%.

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