Não quero alimentar nenhuma guerra entre reguladores, mas o que posso dizer é que quem estava no terreno fomos nós, quem pediu a intervenção fomos nós. Não fizemos para substituir os outros, fizemos porque entendemos que era nosso dever", declarou Carlos Costa na comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do Grupo Espírito Santo (GES).
O responsável falava sobre a dívida da Espírito Santo International (ESI) e a descoberta de passivos maiores que o expectável, tendo Carlos Costa lembrado que o BdP "não supervisiona emitentes não financeiros", casos da 'holding' em questão.
O governador, que respondia a questões da deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua, está a ser ouvido na comissão desde cerca das 15:00 e pelas 19:00 ainda respondia ao primeiro bloco de perguntas dos vários partidos, após ter feito uma declaração inicial de mais de 50 minutos.
A comissão de inquérito teve a primeira audição a 17 de novembro passado e hoje, para além de Carlos Costa, foi escutado o presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Carlos Tavares.
A última audição prevista para a comissão de inquérito é a da ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, que prestará novo depoimento perante os deputados na quarta-feira.
Os trabalhos dos parlamentares têm por objetivo "apurar as práticas da anterior gestão do BES, o papel dos auditores externos e as relações entre o BES e o conjunto de entidades integrantes do universo do GES, designadamente os métodos e veículos utilizados pelo BES para financiar essas entidades".