Lisboa, 14 jan - O grupo Volkswagen atingiu um recorde de vendas globais em 2012, um aumento de 11%, para 9,07 milhões de carros, um desempenho que o coloca mais perto da japonesa Toyota para atingir a liderança mundial.
O grupo alemão, que aspira a ser o maior fabricante do mundo de automóveis em 2018, tem ainda um longo caminho a percorrer para ultrapassar os japoneses porque a Toyota anunciou recentemente que prevê fechar o ano de 2012 com um aumento de 22% das vendas atingindo os 9,7 milhões de veículos.
A General Motors (GM), que recuperou a liderança devido à quebra de vendas da Toyota causado pelo terremoto e 'tsunami' no Japão em 2011, ainda não adiantou qualquer previsão de fecho do ano passado.
O presidente executivo da Volkswagen, Martin Winterkorn, afirmou aos jornalistas nas vésperas da abertura do Salão Automóvel de Detroit, nos Estados Unidos, que a indústria automóvel, apesar da crise na Europa, "continua a ser uma indústria mundial de crescimento" e que o grupo alemão "teve um desempenho muito bom em condições difíceis".
Contudo, o responsável pelas vendas do grupo VW, Christian Klingler, advertiu que o progresso da empresa poderia ser mais lento este ano se a situação na Europa continuar a deteriorar-se.
"As incertezas atuais vão intensificar-se em 2013", disse Christian Klinger, acrescentando que "os mercados continuam desafiadores e a concorrência mais difícil."
As vendas da VW, que atualmente detém 12 marcas entre as quais a Volkswagen, Audi, Skoda e Seat, subiram 34% nos Estados Unidos, 8% na América do Sul e 25% na China, o maior mercado do grupo alemão com 2,81 milhões de veículos vendidos no ano passado.
O grupo espera vender "bem acima" de 600 mil Volkswagen e Audi nos Estados Unidos este ano, ultrapassando a marca dos 596.100 unidades vendidas em 2012.
As vendas foram globalmente estáveis na Europa, apesar da crise económica, mas caíram 6,5% na Europa Ocidental, excluindo a Alemanha para os 1,85 milhões de carros.
É no entanto um desempenho muito melhor do que o grupo francês PSA Peugeot Citroen, o segundo maior fabricante europeu, que viu as suas vendas caírem 16,5% em 2012.
Entre as várias marcas do grupo VW, a crise europeia atingiu mais a espanhola Seat, em que as vendas caíram 8,3%. As outras marcas (VW, Audi, Porsche, Skoda e veículos comerciais), tiveram aumentos entre 4,1% e 11,7%.
AJG // VC.
Noticias Ao Minuto/Lusa
