"Esta operação permite focar a nossa atuação nas geografias que são estratégicas para a PT, o tripé constituído pelos mercados de Portugal, Brasil e África", afirmou este domingo à Lusa o presidente executivo da Portugal Telecom (PT), Zeinal Bava, numa nota escrita.
As declarações de Zeinal Bava surgem depois de hoje, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a operadora portuguesa ter confirmado a venda da sua participação de 28% do capital da Companhia de Telecomunicações de Macau (CTM), à Citic Telecom International Holdings Limited (CITIC Telecom), controlada por uma empresa estatal chinesa, o que representa um encaixe financeiro de 411,6 milhões de dólares (308,4 milhões de euros).
"A nossa posição na CTM era minoritária e acompanhamos a Cable & Wireless na sua decisão de vender, mas assinámos em contrapartida um acordo de colaboração tecnológica com o grupo Citic para os próximos três anos", avançou.
Na nota enviada ao mercado, a PT informa que "em conformidade com esta aliança estratégica, a CITIC Telecom irá seleccionar a PT como o prestador estratégico de serviços TIC [Tecnologias de Informação e Comunicação] do grupo CITIC Telecom".
Além da operadora portuguesa, também a britânica Cable & Wireless, até agora accionista maioritária da Companhia de Telecomunicações de Macau com 51%, vendeu a sua participação na empresa à CITIC Telecom International Holdings, por 749,7 milhões de dólares (561,9 milhões de euros).
A CITIC Telecom, que detém uma participação de 20% na CTM, passa a controlar 99% das ações da empresa e a ter o controlo do negócio, quando as duas operações forem concluídas.
Os Correios de Macau mantêm inalterada a sua participação na CTM, fixada em 1% do capital.
O negócio que, carece de autorizações, deve estar concluído entre seis a nove meses.
A CITIC Telecom é uma empresa cotada na Bolsa de Valores de Hong Kong e membro do Grupo CITIC Corporation of China.