Daniel Gilbert é um ‘expert em felicidade’ e também autor de um dos livros mais controversos da atualidade, ‘Stumbling on Happiness’. E isto porque, escreve a Time, defende que o dinheiro traz felicidade e dá oito exemplos que provam tal teoria.
Em primeiro lugar, para Gilbert o dinheiro traz felicidade pelo simples facto de permitir comprar experiências e menos bens materiais. Esta premissa é defendida com um estudo que indica que 57% dos inquiridos diz-se feliz com atividades e novas experiências, enquanto apenas 34% revela que a felicidade é obtida com a compra de objetos e bens materiais. Afinal, lê-se na Time, “se o dinheiro não lhe traz felicidade, então é porque não o está a gastar da forma correta”.
Ser feliz às custas do dinheiro é também possível e, além disso, permite dar felicidade aos outros. Para Gillert, usar o nosso dinheiro em benefício de outros é uma forma de se ser feliz. Aqui, incluem-se as prendas, lembranças ou mesmo donativos de caridade, ações que enchem o coração tanto de quem dá como de quem recebe.
Ter dinheiro dá, ainda, a oportunidade de comprar muitos pequenos prazeres do que comprar apenas um grande. Até porque, ter dinheiro é ter disponibilidade e oportunidade para várias coisas que, sem dinheiro, nem todas as pessoas conseguem alcançar, como é o caso de fazer várias viagens pelo mundo.
Um quarto aspeto defendido pelo autor diz respeito às compras feitas. Segundo a Time, ter dinheiro permite evitar as garantias estendidas e outras formas de seguro que fazemos para salvaguardar o que compramos e que, muitas vezes, são bastante dispendiosos. Se temos dinheiro, compramos; se se estraga, mandamos reparar ou compramos um novo. Mais simples, não há.
A época dos saldos são o momento proveitoso mas também mais caótico para se fazerem compras. Aproveitar os preços reduzidos e as promoções são uma máxima para a grande maioria das pessoas, mas já pensou se iria aderir aos saldos caso tivesse dinheiro? Possivelmente, não. Atrasar o consumo é um dos benefícios que o dinheiro pode trazer, além disso, irá deixar muitos consumistas felizes porque vão evitar filas e longas horas de espera… e fazem compras quando querem e não quando o produto está mais barato.
Para Daniel Gilbert, ter dinheiro é também sinónimo de felicidade pois permite-nos prever o que vamos comprar ou fazer no futuro e isto sempre sem ter que fazer uma grande ginástica financeira.
Vai comprar um telemóvel? Quantas vezes já foi comparar modelos, tanto a nível de preço como a nível de performance do equipamento? Pondera entre um e outro telemóvel por causa de determinada característica que irá, possivelmente, justificar os euros a mais que custa? Ora aqui está uma preocupação que o dinheiro elimina: quando se pode, escolhe-se e compra-se.
A possibilidade de viver novas experiências e poder dar um uso melhor ao dinheiro é o oitavo argumento do autor. Para Gilbert, as pessoas que têm dinheiro prestam mais atenção à felicidade dos outros.