A Segurança Social anunciou, esta quinta-feira, que tem "uma nova aliada no combate à fraude: a Plataforma Integrada de Gestão do Risco", de acordo com uma publicação partilhada na rede social Instagram.
Em causa está uma "solução inovadora", que "permite monitorizar o risco de fraude e atuar de forma antecipada", de acordo com a mesma informação divulgada.
Como funciona? O organismo explica que "com a ajuda da Inteligência Artificial e de tecnologias de Machine Learning, a plataforma analisa grandes volumes de dados, detetando padrões comportamentais de risco".
Trata-se de uma "ferramenta crucial" para: "Aumentar a eficiência das nossas ações de prevenção e controlo" e "assegurar a correta aplicação das contribuições e prestações".
Prevenir o risco
Numa outra publicação, o Instituto de Informática tinha já explicado que a "Plataforma Integrada de Gestão do Risco é a nova solução da Segurança Social que permite monitorizar o risco de fraude, possibilitando uma intervenção antecipada".
"Esta solução utiliza um conjunto de indicadores e um modelo analítico que, a partir dos dados existentes no sistema de informação da Segurança Social, consegue detetar padrões comportamentais das empresas em vários fatores de análise, determinando o seu nível de risco".
De acordo com o Instituto, "constitui assim uma ferramenta de apoio às diferentes equipas da Segurança Social, contribuindo dessa forma para uma maior eficiência e eficácia das ações de prevenção, controlo e mitigação do risco".
"Entrou já em exploração o módulo que incide sobre o risco referente às Entidades Empregadoras, estando previsto o alargamento a um universo mais vasto, que inclui os cidadãos", anunciou na altura o Instituto de Informática.
Governo quer cruzamento de dados entre Segurança Social e Fisco
O Governo quer reforçar a troca de dados entre a Segurança Social e a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) sobre os beneficiários de apoios sociais, para garantir que são atribuídos de forma justa e para combater a fraude.
A garantia foi deixada no parlamento pela secretária de Estado da Segurança Social, Susana Filipa Lima, que foi ouvida, a pedido do PS, numa audição conjunta na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública e na Comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão, sobre práticas da Segurança Social quando avaliam o rendimento dos cidadãos para efeitos de acesso a outros apoios sociais e o seu impacto para efeitos de IRS.
Ao ser questionada pela deputada do Chega Lina Pinheiro sobre a necessidade de interconexão de dados entre os dois serviços, a secretária de Estado afirmou que esse é um objetivo do executivo.
"Não escondo que temos a ambição de fazer interconexão de dados entre a Segurança Social e a Autoridade Tributária, não para penalizar a atribuição dos acessos [a apoios sociais], mas para garantir que eles são atribuídos a quem deles precisa", respondeu.
"A interconexão de dados e a atribuição de prestações sociais com base em informação mais completa sobre os beneficiários vai permitir atribuir, de forma mais justa, os apoios sociais que estão previstos na lei e permitir também combater a fraude, que é uma das nossas preocupações", disse Filipa Lima.
Leia Também: Seg. Social exige que consórcio pague salários atrasados em 'call center'