"A adoção da IA pelas empresas tem sido gradual, mas inexorável, esta tecnologia tornou-se crítica para o sucesso de operações e processos, contudo a Europa avança muito lentamente na incorporação da IA no tecido empresarial", afirmou o responsável na conferência "B9+ European Digital Summit", organizada pela CIP em Lisboa.
"Há que criar na Europa um ecossistema de financiamento robusto e diversificado que alavanque os investimentos privados", afirmou o responsável, lembrando que este ecossistema favorável passa pela "concretização de uma união bancária, pela unificação do mercado de capitais, pela dinamização do capital de risco e pela atração de capital fora da Europa".
Na sua intervenção, Rafael Alves Rocha apelou também à simplificação regulatória, ressalvando ser "fundamental eliminar obstáculos ao desenvolvimento e implementação da inteligência artificial na Europa".
"A conjugação de esforços entre os setores público e privado é essencial para que as empresas aproveitem o potencial da inteligência artificial, tornando-a um verdadeiro motor de inovação e crescimento na Europa", disse.
O responsável defendeu ainda ser necessário financiamento para "reforçar as infraestruturas energéticas e acelerar a eletrificação da economia europeia" e ressalvou que "os investimentos em inteligência artificial (IA) são já o principal fator de crescimento económico dos Estados Unidos, superando o consumo".
Considerando que o alcance da IA não é "totalmente discernível", Rafael Alves Rocha asseverou que é claro que "as tecnologias digitais estão a revolucionar a forma como as empresas operam e competem entre si".
A conferência "B9+ European Digital Summit" decorre na véspera da reunião D9+, que junta ministros dos países europeus que se encontram na vanguarda da digitalização e à qual preside Portugal.
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