Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a EDP, que detém a operadora das redes de distribuição de energia, destacou a previsão de "proveitos regulados de 1.224 milhões de euros em 2026 (incluindo ajustamentos de anos anteriores), um aumento de 93 milhões face a 2025, para a atividade de operação da rede de distribuição, desenvolvida pela E-Redes, que assumem como parâmetros regulatórios para 2026-2029".
A Entidade Regulatória dos Serviços Energéticos (ERSE) divulgou, na quarta-feira à noite, a proposta de tarifas de eletricidade para 2026 e parâmetros regulatórios para o período 2026-2029, que prevê aumento no preço da eletricidade para as famílias em mercado regulado de 1% a partir de 01 de janeiro, que se traduz num acréscimo entre 0,20 e 0,37 euros na fatura mensal, já com taxas e impostos.
Num documento com perguntas e respostas que acompanhava a proposta tarifária, a ERSE destacava que "as tarifas para 2026 beneficiam de uma menor quantidade prevista de produção a adquirir aos produtores com remuneração garantida, comparativamente a 2025, e, consequentemente, contemplam a recuperação de menos CIEG [Custos de Interesse Económico Geral]".
O regulador salientava ainda que as tarifas em 2026 beneficiam também de medidas de contenção tarifária que se estima que possam atingir cerca de 401 milhões de euros.
"A conjugação desses efeitos nos proveitos permite a manutenção da trajetória de redução da dívida tarifária, que diminui em 508 milhões de euros, fixando-se em 1.081 milhões de euros no final de 2026, reforçando a sustentabilidade do sistema elétrico e a estabilidade das tarifas para os consumidores", realçou a ERSE.
Na nota divulgada hoje, a EDP salienta ainda que o regulador propõe proveitos regulados de 47 milhões de euros em 2026 para o comercializador de último recurso (SU Eletricidade), que é a empresa responsável por fornecer energia a consumidores no mercado regulado.
A proposta segue agora para parecer do Conselho Tarifário, até 15 de novembro, cabendo à ERSE tomar a decisão final até 15 de dezembro.
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