Procurar

EUA. Governo federal "a caminhar para paralisação mais longa da história"

O presidente republicano da Câmara dos Representantes antecipou hoje que a paralisação do Governo federal pode tornar-se a mais longa da história, garantindo que "não negociará" com os democratas até que estes suspendam as suas exigências.

EUA. Governo federal "a caminhar para paralisação mais longa da história"

© Alex Wong/Getty Images

Lusa
13/10/2025 23:32 ‧ há 2 horas por Lusa

Sozinho no Capitólio no 13.º dia da paralisação, o presidente da câmara baixa do Congresso norte-americano, Mike Johnson, disse desconhecer os detalhes da demissão de milhares de funcionários federais por parte da administração Trump.

 

Esta é uma demissão em massa bastante invulgar, amplamente vista como uma forma de aproveitar a paralisação para reduzir o âmbito do Governo, noticiou a agência Associated Press (AP).

"Estamos a caminhar a passos largos para uma das paralisações mais longas da história americana", frisou Johnson, do Louisiana.

Sem um desfecho à vista, a paralisação deverá prolongar-se por um futuro imprevisível.

O encerramento interrompeu as operações governamentais de rotina, fechou os museus Smithsonian e outras instituições culturais importantes e deixou os aeroportos em dificuldades com as interrupções de voos, injetando ainda mais incerteza numa economia já precária.

A Câmara dos Representantes está fora do período legislativo, com Johnson a recusar-se a convocar os congressistas de volta a Washington, enquanto o Senado (câmara alta), encerrado hoje devido ao feriado federal, regressará ao trabalho na terça-feira.

Mas os senadores estão presos num beco sem saída de votações falhadas, enquanto os democratas se recusam a ceder nas suas exigências de assistência médica.

Johnson agradeceu ao presidente Donald Trump por ter assegurado que os militares são pagos esta semana, o que retirou um dos principais pontos de pressão que pode ter levado as partes à mesa das negociações.

A Guarda Costeira também está a receber os seus salários, confirmou hoje um alto responsável do Governo, que falou sob condição de anonimato.

A paralisação é um debate sobre a política de saúde e, em particular, sobre os subsídios do Affordable Care Act, que estão a expirar para milhões de norte-americanos que dependem de ajudas governamentais para adquirir os seus próprios planos de saúde nas bolsas do Obamacare.

Os democratas exigem a extensão dos subsídios, enquanto os republicanos defendem que a questão pode ser tratada mais tarde.

Com o Congresso e a Casa Branca num impasse, alguns estão de olho no final do mês como o próximo potencial prazo para a reabertura do Governo.

É quando começam as inscrições, em 01 de novembro, para o programa de saúde em questão, e os norte-americanos enfrentarão a perspetiva de prémios de seguro inflacionados.

A Kaiser Family Foundation estimou que os custos mensais duplicariam se o Congresso não renovasse os pagamentos dos subsídios que expiram a 31 de dezembro.

É também quando os funcionários públicos com salários mensais, incluindo milhares de assessores da Câmara dos Representantes, ficarão sem os seus salários.

O debate sobre os cuidados de saúde tem perseguido o Congresso desde que a Lei da Assistência Médica Acessível (Affordable Care Act) foi promulgada pelo então Presidente Barack Obama, em 2010.

O país passou por uma paralisação governamental de 16 dias durante a presidência de Obama, quando os republicanos tentaram revogar a lei de 2013.

Trump tentou "revogar e substituir" a lei, vulgarmente conhecida como Obamacare, durante o seu primeiro mandato, em 2017, com maioria republicana na Câmara e no Senado. Esta tentativa falhou quando o então senador John McCain, de forma memorável, votou contra o plano.

Com 24 milhões de inscritos no Obamacare, um recorde, Johnson disse na segunda-feira que é improvável que os republicanos voltem a seguir esse caminho, referindo que ainda sofre de stress pós-traumático desse momento falhado.

A paralisação mais longa, durante o primeiro mandato de Trump devido às suas exigências de fundos para a construção do muro na fronteira EUA-México, terminou em 2019, após 35 dias.

Leia Também: Geórgia. Apoiante de Trump na corrida à liderança da autoridade eleitoral

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com

Recomendados para si

Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

IMPLICA EM ACEITAÇÃO DOS TERMOS & CONDIÇÕES E POLÍTICA DE PRIVACIDADE

Mais lidas

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10