O Prémio Nobel da Economia foi, esta segunda-feira, 13 de outubro, atribuído a Joel Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt, pelas teorias sobre a destruição criativa na economia e e sobre a sua importância para o crescimento e para a inovação, anunciou a Academia Real Sueca das Ciências.
Os três economistas foram galardoados com o Prémio Nobel Ciências Económicas "por terem explicado o crescimento económico impulsionado pela inovação", segundo anunciou a Real Academia Sueca de Ciências.
Metade do prémio, de 11 milhões de coroas suecas (cerca de um milhão de euros), foi concedida a Mokyr, norte-americano-israelita, de 79 anos e professor da Universidade do Noroeste de Illinois, EUA, por "ter identificado os pré-requisitos para um crescimento sustentável através do progresso tecnológico".
A outra metade foi concedida conjuntamente a Aghion, francês de 69 anos radicado no parisiense Collège de France, e a Howitt, canadiano de 79 anos e professor da Universidade Brown, dos Estados Unidos, pela "teoria do crescimento sustentável através da destruição criativa".
Segundo a Real Academia Sueca de Ciências, Mokyr utilizou fontes históricas para revelar o motivo pelo qual, nos últimos séculos, o crescimento económico se tornou a nova norma, em contraste com a estagnação de períodos anteriores.
Assim, demonstrou que, antes da revolução industrial, muitas vezes faltavam explicações científicas sobre por que uma nova inovação funcionava com sucesso e, sem esse conhecimento, era difícil que as invenções se sucedessem umas às outras num processo com impulso próprio.
Além disso, Mokyr enfatizou a importância de que a sociedade esteja aberta à mudança e a novas ideias.
Por outro lado, Aghion e Howitt construíram, num artigo de 1992, um modelo matemático da chamada destruição criativa, que se refere ao fenómeno em que, quando um produto novo e melhor entra no mercado, as empresas que vendem o produto antigo sofrem perdas.
Os dois laureados mostraram de diferentes maneiras que essa destruição criativa origina conflitos que devem ser geridos de forma construtiva, pois, caso contrário, as empresas já estabelecidas e os grupos de interesse bloquearão as inovações para não serem prejudicados.
O trabalho dos laureados mostra que o crescimento económico não pode ser dado como certo. "Devemos apoiar os mecanismos que sustentam a destruição criativa para não cairmos novamente na estagnação", afirmou John Hassler, presidente do Comité que concede o Nobel de Economia.
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— The Nobel Prize (@NobelPrize) October 13, 2025
The Royal Swedish Academy of Sciences has decided to award the 2025 Sveriges Riksbank Prize in Economic Sciences in Memory of Alfred Nobel to Joel Mokyr, Philippe Aghion and Peter Howitt “for having explained innovation-driven economic growth” with one half to Mokyr… pic.twitter.com/ZRKq0Nz4g7
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