O cabaz de produtos essenciais analisados pela DECO PROteste aumentou de preço esta semana, sendo agora avaliado em 242,14 euros. Em relação à semana passada, regista-se então um ligeiro aumento, que se traduz em mais 17 cêntimos.
A análise semanal feita pela associação para a defesa do consumidor dá ainda conta de que no início deste ano o mesmo grupo de produtos custava quase menos seis euros.
"No início deste ano, custava menos 5,98 euros (menos 2,53 por cento). Já há quase quatro anos, a 5 de janeiro de 2022, quando a DECO PROteste iniciou esta análise, era possível comprar os mesmos produtos por menos 54,44 euros (menos 29 por cento)", lê-se no site, onde é publicada a análise do período de 1 a 8 de outubro.
Mas, feitas as contas, o que está mais caro esta semana?
A análise mais recente aponta, como é habitual, o 'top10' de produtos que mais encareceram no período analisado. Segundo o que é mostrado, os cereais integrais foram o produto que mais encareceu, registando um aumento de 24%, que se traduz em 83 cêntimos.
Depois, foi a alface frisada, aumentando na ordem dos 39 cêntimos, assim como a cebola, que aumentou 14 cêntimos. Mas os especialistas destacam, no entanto, o arroz, que aparece a dobrar. Tal como pode ver aqui, tanto o arroz carolino como o agulha aumentaram (respetivamente, 12 e oito cêntimos).
E por que razão aumentaram tanto os preços nos últimos anos?
A análise da associação para a defesa do consumidor deixa ainda 'um espaço' para explicar por que razão os preços têm disparado nos últimos anos, referindo que a guerra na Ucrânia - de onde veem grande parte dos cereais - é um dos casos que mais impactou no preço, depois também de já se sentirem efeitos da pandemia de Covid-19.
"A subida dos preços na alimentação levou o Governo a adotar, em abril de 2023, a isenção de IVA num cabaz com mais de 40 alimentos. E se inicialmente a medida até ajudou a controlar a subida dos preços, poucos meses depois o impacto deixou de se fazer sentir na carteira dos consumidores, com o preço do cabaz alimentar novamente a disparar", lê-se na nota.
Já em 2024, e após a reposição deste imposto, "os preços de alguns produtos continuaram a subir."
"Em abril de 2024, por exemplo, uma garrafa de 75 centilitros de azeite chegou a custar 12 euros. O ano de 2025, por outro lado, tem sido marcado, sobretudo, por subidas nos preços dos ovos, do café torrado moído ou até do chocolate", lê-se.
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