Por volta das 14h40 (hora de Lisboa), o preço do barril de West Texas Intermediate (WTI), para entrega em novembro, caiu 2,15% para 60,19 dólares, depois de ter recuado para 59,57 dólares, o nível mais baixo desde abril.
O barril de Brent do Mar do Norte, para entrega em dezembro, caiu 1,96%, para 60,19 dólares.
Os preços do petróleo caem porque este acordo "reduz o prémio de risco geopolítico" e atenua "os receios relacionados com perturbações no abastecimento", explicou à AFP Lukman Otunuga, analista da FXTM.
A fraqueza dos preços do petróleo bruto também se explica por "sinais claros da tão esperada abundância do mercado petrolífero", visível pelo "forte aumento do petróleo em trânsito no mar", afirmam, por sua vez, os analistas da DNB Carnegie.
Em poucos meses, oito membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os seus aliados (OPEP+) já aumentaram as suas quotas de produção em mais de 2,5 milhões de barris por dia.
Esta situação contrasta fortemente com uma procura de petróleo "praticamente inalterada", segundo a Agência Internacional de Energia.
Os receios de um mercado desequilibrado ofuscam a guerra na Ucrânia ou mesmo uma nova série de sanções anunciadas pelo governo americano na quinta-feira e que visam cerca de cinquenta pessoas, empresas e navios, principalmente instalados na Ásia e acusados de participar na venda e transporte de gás e petróleo iranianos.
Israel e Hamas anunciaram na quarta-feira à noite um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, primeira fase de um plano de paz proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após negociações indiretas mediadas pelo Egipto, Qatar, Estados Unidos e Turquia.
Esta fase da trégua envolve a retirada parcial do Exército israelita para a denominada "linha amarela" demarcada pelos Estados Unidos, linha divisória entre Israel e Gaza, a libertação de 20 reféns em posse do Hamas e de 1.950 presos palestinianos.
[Notícia atualizada às 15h51]
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