"Queremos pedir ao Governo que aumente o salário mínimo e reduza os salários dos assessores nacionais e internacionais. Estas duas questões já fazem parte da nossa agenda", afirmou à Lusa, em Díli, o porta-voz da EUTL, Natalizio Moniz.
Natalizio Moniz salientou que ainda existem algumas questões que a EUTL precisa de discutir em maior profundidade, para que aquelas exigências possam ser formalmente apresentadas e exigidas num futuro próximo.
Atualmente, o salário mínimo dos trabalhadores timorenses é de 115 dólares (cerca de 98,77 euros).
O salário mínimo de um assessor ou consultor nacional varia entre os 2.000 dólares (cerca de 1.721 euros) e os 8.000 dólares (cerca de 6.886 euros), enquanto dos assessores ou consultores internacionais varia entre os 6.000 dólares (cerca de 5.165 euros) e os 20.000 dólares (cerca de 17.217 euros).
"É mesmo preciso combater esta desigualdade salarial. Caso contrário, os trabalhadores timorenses continuam a receber apenas 115 dólares", lamentou Natalizio Moniz.
O porta-voz disse também que a EUTL está à espera da resposta do Parlamento Nacional relativamente a estas duas exigências, que ainda não tiveram resultado --- tal como outras, como a alteração à lei das manifestações e a proposta de alocação de verbas para os setores estratégicos.
"Por agora, avançamos fase a fase. Primeiro analisamos os assuntos que ainda não têm resposta e depois continuamos com os outros", afirmou.
Os estudantes universitários timorenses saíram à rua em setembro para exigir o cancelamento da compra de novas viaturas para os deputados, o fim da pensão vitalícia, a revisão à lei sobre liberdade de reunião e manifestação e o adequado financiamento para os setores produtivos no debate do próximo Orçamento do Estado, que terá início em novembro.
Na sequência dos protestos, os cinco partidos que compõem o parlamento timorense comprometeram-se com a exigências dos estudantes, incluindo o cancelamento da compra de viaturas.
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