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Governo procura alternativas para taxar banca com fim do imposto adicional

O Governo vai procurar novas formas de tributar a banca, depois de anunciar o fim do imposto adicional sobre o setor após ter sido considerado inconstitucional, disse hoje o ministro das Finanças na apresentação da proposta orçamental para 2026.

Governo procura alternativas para taxar banca com fim do imposto adicional

© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
09/10/2025 17:05 ‧ há 22 horas por Lusa

Economia

OE2026

"Vamos revisitar o tema da tributação desse setor e procurar outras formas de tributação que não tenham um problema de inconstitucionalidade", afirmou Miranda Sarmento em resposta aos jornalistas em conferência de imprensa.

 

A proposta orçamental hoje apresentada elimina o regime que criou o adicional de solidariedade sobre a banca, após ter sido declarado inconstitucional este ano. O Tribunal Constitucional (TC) considerou, entre outros, que o regime criado em 2020 viola o princípio da igualdade tributária e da capacidade tributária.

Em julho, o Governo já tinha dito que por causa da inconstitucionalidade o Estado iria devolver aos bancos cerca de 200 milhões de euros referentes ao valor pago neste imposto desde 2020.

Questionado na conferência de imprensa, Miranda Sarmento afirmou que entre 2020 e 2024 a banca pagou cerca de 50 milhões de euros anuais deste imposto, o que ajudou as contas públicas desses anos, mas que por ter sido declarado inconstitucional terão de ser devolvidos este ano 200 milhões de euros, "o que prejudica a execução orçamental" de 2025.

Ainda sobre este tema, Miranda Sarmento anunciou que o Governo vai reavaliar os impostos que pendem sobre a banca, procurando novas formas de tributar o setor.

Falta saber se com a nova tributação o Governo pretende compensar na totalidade ou parcialmente a receita anual que era conseguida com este imposto que revertia para o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social.

Quanto a outros impostos sobre a banca, a proposta orçamental mantém em 2026 a contribuição sobre o setor bancário, uma medida extraordinária instituída pelo Governo de José Sócrates em 2011 que tem sido mantida por todos os Governos.

É estimado que esta contribuição renda 210 milhões de euros em 2026, o mesmo valor de 2025.

O Governo entregou hoje no parlamento o OE2026, na véspera do prazo limite e três dias antes das eleições autárquicas de domingo.

A proposta vai ser discutida e votada na generalidade entre 27 e 28 de outubro. A votação final global está marcada para 27 de novembro, após o processo de debate na especialidade.

Leia Também: AO MINUTO: OE2026 é "mais simples" e "sem cavaleiros orçamentais"

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