Numa análise às subidas de 'rating' de Portugal e Espanha, anunciadas em setembro, os analistas da Fitch salientam que estes se destacam entre os países europeus que estão a melhorar as finanças públicas e com um crescimento económico forte.
Enquanto em Espanha, a 'performance' económica e a melhoria das métricas externas são os principais fatores que ditaram a subida do 'rating', para Portugal foi determinante a "política orçamental prudente" e o equilíbrio das finanças públicas.
O analista da Fitch Utku Bora Geyikci salientou ainda que apesar de se terem realizado eleições antecipadas, em três anos os diferentes governos "têm mantido medidas orçamentais prudentes".
O foco para as próximas avaliações à dívida soberana portuguesa é se o rácio da dívida pública continua a cair, sendo de notar que ainda continua mais alta do que a média, estando próximo de 100%, pelo que a disciplina orçamental contínua é "essencial" para esta classificação.
No que diz respeito à estabilidade política, a Fitch conta que o Orçamento do Estado para 2026 seja aprovado, com umas negociações a decorrerem com mais facilidade do que no ano passado e também tendo em conta que não é possível ir para eleições até ao próximo ano devido às presidenciais, o que "também reduz a incerteza politica".
As perspetivas da agência de notação financeira são de um "pequeno excedente orçamental em 2025 e um défice moderado em 2026", que se deve ao investimento público e à alta utilização de empréstimos do Plano de Recuperação e Resiliência.
Ainda assim, esta perspetiva é "consistente com a redução da dívida", pelo que a expectativa é de que as finanças públicas se mantenham fortes e continuem a melhorar.
Em 12 de setembro, a agência de notação financeira Fitch subiu o 'rating' de Portugal de A- para A, com 'outlook' (perspetiva) estável, decidindo o mesmo para Espanha no dia 26 de setembro.
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