As previsões para esta semana apontavam para um alívio dos preços dos combustíveis, mas terá sido mesmo isso que aconteceu? De acordo os preços médios divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), tanto o gasóleo como a gasolina ficaram mais baratos.
A gasolina simples 95 passou de 1,706 euros por litro para 1,701 euros por litro entre sexta e segunda-feira, o que significa uma redução de meio cêntimo. Já o gasóleo simples passou de 1,571 euros por litro para 1,553 euros por litro no mesmo período, menos 1,8 cêntimos.
Estes cálculos têm por base os preços médios atualizados diariamente no site Preços dos Combustíveis Online,
"Os preços médios diários são apurados com base nos preços comunicados pelos postos de combustível, ponderados com as quantidades vendidas do último período conhecido, incorporando os descontos praticados nos postos de abastecimento como cartões frota e outros", pode ler-se na plataforma.
O que diziam as previsões?
A descida acabou por ficar praticamente em linha com as previsões, que apontavam para uma redução de meio cêntimo na gasolina e de dois cêntimos no gasóleo, segundo os números avançados pelo Automóvel Club de Portugal (ACP), na sexta-feira.
Como está o petróleo nos mercados internacionais?
A cotação do barril de petróleo Brent para entrega em dezembro terminou hoje no Mercado de Futuros de Londres em alta de 1,46%, para os 65,47 dólares.
O crude do Mar do Norte, de referência na Europa, fechou a sessão no International Exchange cotar 94 cêntimos acima dos 64,53 dólares com que encerrou as transações na sexta-feira.
O Brent recuperou terreno, depois de perder quase oito por cento na semana passada, depois de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, juntos no OPEP+, ter anunciado este fim de semana um aumento de produção baixo do receado pelos operadores.
O OPEP+, que integra aliados da OPEP como Federação Russa, decidiu no domingo aumentar a produção em 137 mil barris diários em novembro, o oitavo ajuste mensal consecutivo, dada a "estabilidade das perspetivas económicas mundiais" e os "baixos níveis de stocks de petróleo".
A forte queda, verificada na semana passada, deveu-se a, entre outras razões, ao receio de um aumento forte da produção e subsequente excesso de oferta, com alguns meios a apontarem para meio milhão de barris diários, o triplo do que acabou por ser decidido.
"ISP em Portugal está acima dos mínimos exigidos"
A EPCOL - Empresas Portuguesas de Combustíveis e Lubrificantes reiterou, na sexta-feira, que o Imposto sobre Produtos Petrolíferos e Energéticos (ISP) em Portugal está acima dos mínimos exigidos e, incluindo a taxa de carbono, está em linha com a média europeia.
"O ISP em Portugal está acima dos mínimos exigidos pela diretiva da tributação sobre a energia (ETD)", apontou a EPCOL, em resposta escrita à Lusa, salientando que, incluindo a taxa de carbono, aquele imposto "está em linha com a média europeia".
A associação (antiga Apetro - Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas) realçou ainda que o ISP em Portugal "é muito superior ao de Espanha e qualquer subida agravará o diferencial de preços entre os dois países com as consequências que todos conhecemos".
O ministro da Economia e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, admitiu "ajustamentos" no preço dos combustíveis, após uma carta da Comissão Europeia (CE) a instar o Governo a acabar com os descontos no ISP.
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