O custo total do cabaz alimentar pode estar mais baixo esta semana, mas isso não significa que alguns dos bens essenciais não tenham encarecido.
Esta semana, entre 10 e 17 de setembro, a DECO PROteste destaca o carapau, a pescada fresca e o novilho de carne para cozer no ‘top’ três dos produtos que mais subiram de preço nos últimos sete dias.
Os dados da associação mostram que o carapau passou de 3,83 euros para 4,46 euros esta semana - uma subida de 0,63 cêntimos, ou seja, de 16%.
Já a pescada fresca subiu 14% em relação ao dia 10 de setembro: aumentou 1,30 euros, de 9,06 euros para 10,36 euros no dia 17 deste mês.
Por último neste ‘top’ três surge o novilho de carne para cozer que ficou 0,67 cêntimos mais caro, cerca de 6%, e passou a custar 11,85 euros. Na semana anterior, custava 11,18 euros.
A DECO PROteste sublinha ainda a subida de preço dos cereais fibra (agora 4,45 euros), do arroz agulha (1,59 euros), da curgete (1,99 euros), do feijão manteiga (1,33 euros), das salsichas Frankfurt (1,95 euros), do atum posta em óleo vegetal (1,69 euros) e da massa espirais (1,15 euros).
Veja os valores na tabela abaixo:
Aumento do preço dos bens alimentares na semana de 10 para 17 de setembro© DECO PROteste
Relembrar que esta semana o cabaz essencial de 63 produtos custa 240,38 euros, menos 0,26 cêntimos do que na semana passada.
O preço do cabaz alimentar é calculado pela DECO PROteste desde janeiro de 2022 e acompanha a evolução dos bens alimentares considerados essenciais, analisando semanalmente, às quartas-feiras, o custo total do cabaz, através das lojas 'online' dos principais supermercados.
Recorde-se de que o cabaz inclui carne, congelados, frutas e legumes, laticínios, mercearia e peixe, sendo considerados, entre outros, produtos como peru, frango, carapau, pescada, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, esparguete, açúcar, fiambre, leite, queijo, manteiga.
Taxa de inflação voltou a subir em agosto
O aumento dos preços dos bens alimentares deve-se ao aumento da taxa de inflação que, em agosto cresceu 2,8%, mais 0,2 pontos percentuais em relação a julho, segundo a estimativa provisória divulgada no final do mês pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
A informação apurada pelo instituto, ainda sujeita a revisão, aponta para uma aceleração do Índice de Preços no Consumidor (IPC).
Depois de em julho a diferença no índice em relação ao mesmo mês do ano passado ser de 2,64%, a taxa passou para 2,78% este mês, indica o INE na síntese estatística.
O indicador de inflação subjacente - o índice total excluindo os produtos alimentares não transformados e energéticos - registou uma variação de 2,5% face ao valor do índice em agosto do ano passado. Neste caso, a diferença é igual à de julho.
"A variação do índice relativo aos produtos energéticos foi -0,2% (-1,1% em julho) e o índice referente aos produtos alimentares não transformados terá voltado a acelerar para 7,0% (6,1% no mês anterior)", detalha o INE.
A variação global do IPC em relação a julho (em cadeia) foi negativa, com a diferença mensal a ser de -0,2%. A descida foi menor do que a registada de junho para julho, que foi de -0,4%.
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