Pela terceira semana consecutiva, o preço do cabaz alimentar de 63 produtos essenciais desceu entre os dias 27 de agosto a 3 de setembro, de acordo com a análise da DECO PROteste.
Os especialistas deram conta de que, esta semana, a cesta custa 240.56 euros, o que representa uma descida de 3.74 euros, quando comparado com o valor registado há três semanas.
No período em análise, foi registada “uma diferença de -0,61 euros quando comparado o mesmo cabaz nos dois dias (-0,25 %)”.
Contudo, os preços do iogurte líquido, da batata vermelha e do grão cozido subiram 10% desde a semana passada.
Desde o início do ano, o cabaz custa mais 4.39 euros, ditando um acréscimo de 1.86%.
Além disso, face ao dia 5 de janeiro de 2022, data em que a entidade iniciou a análise, o cabaz custava menos 52.86 euros. Significa isto que há uma diferença de 28.16%, segundo a missiva.
Aliás, a DECO PROteste realçou que "há 15 produtos cujo preço subiu mais de 50% desde o início da análise, em 2022", entre eles novilho carne para cozer, ovos, laranjas e salsichas Frankfurt.
Recorde-se que o cabaz inclui carne, congelados, frutas e legumes, laticínios, mercearia e peixe, sendo considerados, entre outros, produtos como peru, frango, carapau, pescada, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, esparguete, açúcar, fiambre, leite, queijo, manteiga.
E a taxa de inflação?
A taxa de inflação aumentou 2,8% em agosto, ficando 0,2 pontos percentuais acima da variação de julho, segundo a estimativa provisória divulgada no final do mês pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
A informação apurada pelo instituto, ainda sujeita a revisão, aponta para uma aceleração do Índice de Preços no Consumidor (IPC).
Depois de em julho a diferença no índice em relação ao mesmo mês do ano passado ser de 2,64%, a taxa passou para 2,78% este mês, indica o INE na síntese estatística.
O indicador de inflação subjacente - o índice total excluindo os produtos alimentares não transformados e energéticos - registou uma variação de 2,5% face ao valor do índice em agosto do ano passado. Neste caso, a diferença é igual à de julho.
"A variação do índice relativo aos produtos energéticos foi -0,2% (-1,1% em julho) e o índice referente aos produtos alimentares não transformados terá voltado a acelerar para 7,0% (6,1% no mês anterior)", detalha o INE.
A variação global do IPC em relação a julho (em cadeia) foi negativa, com a diferença mensal a ser de -0,2%. A descida foi menor do que a registada de junho para julho, que foi de -0,4%.
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